quinta-feira, julho 26, 2007

Criando Tempo Perdido














Eu sei que escrevo em demasia. Descobri isso quando decidi pôr "etiquetas" nos "posts" deste espaço. A coisa ainda está mais ou menos a meio, apesar das horas gastas, mas já dá para alguns leitores mais recentes irem lendo o que por aqui se tem escrito. Aqui ficam alguns tópicos principais, esperando eu (isto da interactividade é uma maravilha) que me digam o que gostaram mais e menos (o que odiaram também serve...).
Um abraço a todos!

Pensamento Tradicional

Modernidade

Direita

Nacionalismo

Conservadorismo

Comunismo e Socialismo

Monarquia

Salazar

Internacional

Aborto

Carta de Santa Utopia

Se o problema da gregariedade fosse uma questão de “avanço”, os atrasados que por aqui mandam herdariam a Terra. Como tal não se verifica, continuamos a chamar mestre ao mandarim e Papa ao que detém a Norma.
Acreditar na unicidade da natureza escorpiónica do Homem é mais dogmático e infundado do que acreditar na possibilidade de aperfeiçoar a Natureza. É mais literário que outra coisa... Acreditar que os poucos não podem aperfeiçoar os muitos é desmentir a civilização e o próprio Aristóteles.
A velocidade da integração num Bem ou num Mal Comum é dependente da capacidade que têm de o pensar. Os que pensam o Bem podem sempre fazer o Mal, os que não pensam o Bem estão impossibilitados de o fazer.

terça-feira, julho 24, 2007

As Duas Espadas












Como não sou pregador nunca vos venho aqui falar ao espírito na esperança de que se tornem bons. O Clero cumpre, na medida das suas possibilidades, essa função de vos elevar o espírito, de vos exortar a combater o Pecado, de lutar contra o Mal em todas as suas formas.
Não é isso de que aqui falo. Não me pretendo substituir ao cura, nem tenho vocação para tal, sabendo os que me conhecem que sou pecador (e dos grandes).
O que aqui vos tenho vindo a falar é da forma como uma comunidade que abdica do Bem e de uma forma particular de Bem, está pronta para se suicidar. A sociedade que se pensa libertar do Bem, caminha muito livremente para a maior das escravaturas.
Ao Bem da alma corresponde o Bem da comunidade. Essa associação não é, porém, automática, numa sociedade complexa e ambas as vertentes são fundamentais. Tanto o homem como a comunidade devem ter como referência a norma externa, ao contrário do que postula a posição liberal e a sua oposição a normas anteriores à comunidade que a abranjam. Qualquer aversão ao Todo é estranha à matéria cristã, em resposta ao Lory.
É também por isso que as duas autoridades são fundamentais. Uma Igreja que cuide das almas e uma Comunidade que se preocupe em passar a boa ordem para a vida comum dos homens.
Também por isso me parece que todas as virtudes do espírito são frustradas se não forem transpostas para a ordem, como o “liberto da caverna” que faz o derradeiro sacrifício em vir dar a boa nova aos que ainda estão aprisionados.

Etiquetas:

segunda-feira, julho 23, 2007

Voegelin e a Ortodoxia














Como quase todos os grandes filósofos Voegelin é melhor nas perguntas que nas respostas. É claro que em toda a pergunta há um milhão de respostas que tacitamente assumidas. Em todo o perguntar existe uma afirmação, assim como em toda a ciência.
Uma ciência que transcende o positivismo tem de ser uma ciência do perguntar, distanciando-se, desta forma, das análises pós-modernas que postulam a arbitrariedade da pensabilidade e a ausência ou incognoscibilidade de uma estrutura extramundana que enquadre e que seja passível de uma análise justificada.
Só por ter contraposto à degenerescência das ciências humanas pós-weberianas uma alternativa de compreensão dos fenómenos no que respeita ao Logos, já mereceria uma leitura. Com a qualidade que o fez, merece estátuas em todas as Universidades que se dignem desse nome e não tenham sucumbido ao carácter politécnico e empresarial que por aí grassa.
Por outro lado, é bem evidente que a estrutura da consciência da obra voegeliniana carece do salto que Wilhelmson verificou faltar e que gerou a interessante discussão entre Olavo de Carvalho e alguns membros da Monfort. Tal só seria importante se se pretendesse fundar uma sociedade sobre postulados voegelinianos, para quem pretendesse fazer de Voegelin um político, e não ver portas para emergir da subterrâneo em que vivemos.
Em linguagem heiddeggeriana e demolindo os seus pressupostos, ainda bem que é a alma e não a inteligência a abrir-se ao Transcendente. Que Deus nos ajude se a contemplação não ordenar a alma.

Etiquetas:

Obrigado

Queria agradecer a todos os leitores que aceitaram o desafio e comentaram a entrevista à Novopress. Tanto aos que o fizeram na caixa do blogue, como aos que o fizeram nos seus blogues. Uma menção especial ao Lory, que não ficará sem resposta.
Um abraço a todos.

domingo, julho 22, 2007

Sujar as Mãos











A política implica a escolha de males e a sua conversão em bens. A política moderna, contudo, transforma o mal em bem de uma forma nominalista, mudando-lhe o nome. A acção cruel é transformada em acto benévolo ao criar no homem a titularidade da moral. O que convém ao sujeito ou ao político torna-se, num acto de magia, bom. A substância não muda, porém. Todos os que não caíram na patranha da subjectividade o sabem.
Converter o mal em bem tem de corresponder a algo mais. A transformação de algo implica sempre um direccionamento, que quanto mais elevado, mais conseguido se torna. Se a acção humana é mais elevada que a dos restantes seres, é-o não por questões de eficácia, mas por questões de orientação, pela capacidade de conduzir a sua acção para finalidades maiores, para fazer com que o mundo cumpra a sua Natureza.
Para dar forma à matéria há frequentemente que tocar o repugnante. Sacrifício necessário semelhante ao dos missionários que conviviam com o pecado enquanto levavam a Palavra ao indigenato.
Hoje não há políticos de Direita por duas razões. Porque sem um horizonte e um desígnio é impossível traçar os limites do aceitável, um político vá cedendo “profissionalmente” até que nada resta do início e se torna indistinto dos demais. O vício inverso é também muito comum. Outra parte da nossa Direita vive no pavor incompreensível de sujar as mãos, demitindo-se da sua necessidade de dizer ao que vem. Não percebe que numa sociedade como a nossa, quem quiser acabar com a partidocracia tem de ter um partido (ou então de esperar um século), da mesma forma que quem se quiser salvar terá de possuír as armas do adversário. No mundo das armas nucleares, mesmo quem seja contra estas tem de as possuir.
Recuperar a Política como arte do compromisso, sem que esta tenha de perder os seus fins, o elemento que lhe dá critério para compreender o que é o limite aceitável do compromisso.
Como disse anteriormente, o que levantou alguma admiração, a Direita é apenas um caminho para se reencontrar um critério, um centro que permite observar e medir os desvios.
O que teria sido de nós se Salazar se tivesse decidido criar um Estado como achava ideal, desprezando a matéria disponível?
Há que pensar o país possível.

Etiquetas:

sábado, julho 21, 2007

Caro João Amorim

Espero que tudo se resolva e que possa, com maior paz de espírito, continuar a visitar esta sua casa.

quinta-feira, julho 19, 2007

A Lenda Branca de Sousa Mendes














Eu gosto de ler o Jansenista. É um bloguista muitas vezes subtil e que faz da batida máxima de Mies van der Rohe, uma medida habitual.
Quando fala de Sousa Mendes, porém, reveste-se de um ideologismo a roçar o nazismo que a dedo costuma apontar.
Num post recente, o Jansenista afirma que, quaisquer que fossem as intenções de Sousa Mendes, a sua acção deve ser glorificada, porque representou a salvação de vidas humanas.
Já imagino estátuas a serem erigidas a assaltantes de bancos que, pela perturbação que causaram nas vítimas do assalto, as levaram ao banco do hospital onde lhes foi diagnosticado um problema fatal, salvando-lhes a vida!
Às vezes, less is less, indeed...

Etiquetas:

Mais Subsídios para uma Ciência do Bem

Montlosier, pela pena do Réprobo.

Uma Pequena Introdução à Ciência do Bem














Uma resposta para as reticências científicas do Je Maintiendrai.
E, já agora, do Duarte Meira...


quarta-feira, julho 18, 2007

Entrevista











Este vosso amigo foi convidado pela Novopress a dar uma entrevista.
Convido os estimados leitores a passarem os olhos por ela e a dizerem por aqui o que acharam...

Para Meditação de Todos os Monárquicos

O fim do Forum Democracia Real, pelo António Bastos.

segunda-feira, julho 16, 2007

Seguir














O leitor Nuno afirma que a Direita Portuguesa não se revê em partidos. Concordo, mas numa sociedade como a nossa existe apenas essa forma de enquadramento político e a escolha será sempre entre nada fazer ou escolher um milagre. O problema é o mesmo que a defesa da sociedade agrária por parte de muitos pensadores conservadores e reaccionários. Por muito que concordemos, temos a necessidade de compreender como funcionar numa sociedade hostil, de canalizar os males para o bem. Da mesma maneira que um estilo de vida urbano deve ser conduzido para uma forma de existência comunitária mais consentânea com os bons princípios, uma vez que vivemos num mundo desenvolvimentista que não depende apenas da nossa acção, também a acção política deve aprender a viver num mundo oposto aos seus princípios.

Para tal, e ao contrário do Miguel, acredito que é preciso fazer doutrina, algo de que a nossa direita (como refere o Nuno) é avessa, por se refugiar em mitos débeis e no último mito político: a Tecnocracia que permitiu o marcelismo, o cavaquismo e o CDS de Freitas do Amaral.
Se, como dizia há tempos o Manuel, o rótulo “Direita” ainda vende, também é verdade que é um rótulo vazio, como os “nacionalismos” que incluem o conservadorismo, o tradicionalismo, o socialismo e um sem número de patologias de que cada um se conseguir lembrar...

Continuo firme na concepção de que as ideias moldam os homens para o Bem e para o Mal, e que a Direita se de demitiu dessa função. Por isso não vejo a forma como a Direita liberal e a minha concepção de Direita podem ser compatíveis, ao contrário do que a sempre benevolente Cristina Ferreira acredita.
Sem um critério, sem uma concepção civilizacional profunda, nada sobreviverá. Não há forma de fugir a isto, sob pena de se cair na arbitrariedade do conluio com os próprios inimigos dessa concepção. É o que acontece com os que pactuam com a dissolução abrilina e com a amoralidade por esta gerada. É o que acontece com os que pactuam com as doenças totalitárias e com os que consideram que uma determinada geração tem o direito a escolher os que foram portugueses ou não ao longo da História, segundo os seus desejos e um conjunto de teorias que nem compreendem.
Ambas as posições são parte do problema e não da cura e nunca receberão qualquer simpatia ou apoio da minha parte.

Se queremos discutir a Direita teremos de discutir os seus fundamentos. Tudo aquilo de que a Direita que temos foge...

Etiquetas:

Anedotas Tristes











Enquanto houver Cardoso da Silva haverá sempre bom humor em Portugal.
Falando sobre o seu apoio à candidatura de Garcia Pereira, teve a inteligência de dizer que o que o candidato defende não é diferente da Doutrina Social da Igreja. Digam lá que o homem não é divertido... E homem de cultura.
Já agora, e se se derem ao trabalho de procurar, afirma que o Marquês de Penalva defenderia o mesmo, por ter escrito que a desigualdade do Rei é o garante da igualdade dos súbditos...
Daí à revolução proletária é um "tirinho"...

Rescaldo

A Direita já não existe em Lisboa. Não existe, porque decidiu deixar de existir. Sem ideias para Lisboa e sem ideias para o país, não existe uma proposta, uma concepção original ou uma figura carismática. A Direita ficou em casa ou votou em branco (como o caso deste eleitor que vos escreve), por desprezo...
O CDS continua a tentar ser centro e, para além do PSD, teve Carmona como adversário. Portas não vai sair, mas terá de mudar. Estou quase certo que irá passar ao "atlantismo liberal" com a mesma velocidade que se tornou um partido "pós-ideológico". Mal ou bem, é essa a única concepção remotamente de direita, que apresenta alguma expressão intelectual e a possibilidade de crescimento em Portugal. Tem revistas, blogues, gente de qualidade, juventude... tudo o que o CDS tem vindo a perder nos últimos tempos. Há, porém, um tempo e um élan que passou! Da próxima vez que Portas se afirmar como o líder da oposição a gargalhada será ainda mais sonora do que anteriormente. E a Zézinha já lá está...
Monteiro só não diz adeus ao PND por não haver distinção entre ambos. De derrota em derrota e com alguns meios que tem ao seu dispôr (até o interesse mórbido na sua decadência parece estar a desvanecer), conseguiu ficar atrás da mais modesta, mas mais clara, candidatura do PNR. O PND não tem onde ir... A única esperança deste partido é deixar cair Monteiro e tentar liderar uma coligação à direita. Mas isso era para ser feito antes de um resultado de mil e poucos votos em Lisboa...
Quanto ao PNR, ao dobrar a sua votação em Lisboa, encontra agora como dilema a necessidade de crescer. A estratégia de uma linguagem directa e de uma postura mais calma, parece ter dado frutos concretos, embora ainda a distância bastante de um resultado que faça sonhar com subvenções estatais.
O PPM, por seu turno, conseguiu uma marco histórico. Conseguir 745 votos numa eleição em que apresentou um candidato que mal conseguia falar, que não se lembrava das medidas que tinha estudado, que conseguiu ter um discurso mais vazio que o do seu santo irmão, é um exemplo de que o PPM é um partido com futuro. Com o sistema educativo e o sistema de valores vigente, ainda voltam ao Parlamento, onde estão a fazer um magnífico trabalho...
Quanto ao MPT, continuo a achar que o melhor seria ter-se fundido com o BE, o que me dispensa de mais comentários.

Há gente a pensar que com mais um ou dois partidos a coisa até podia andar. Há movimentos e associações dispostas a começar novas aventuras. Mas há poucas ideias e pouca capacidade de gerar apoios.
Precisamos de uma Direita tradicional, moral, mas prudente, que sabe que não pode recorrer a velhas fórmulas num país diferente e vencido. Enquanto isto não é possível, vá-se preparando o futuro dizendo a verdade.

Etiquetas:

domingo, julho 15, 2007

Não eram estes a única alternativa de Direita ao Governo Sócrates?

Santana à Lapa ou São Bento?

Más Notícias Para a Monarquia!!!








A Associação Monárquica Tradicionalista não conseguiu eleger o Prof. Cardoso da Silva, número cinco da lista do PCTP-MRPP...
Uma pena!

O Táxi está de volta!

Máquinas de Matar










Por Kuenheldt Leddin, Salazar, e César Augusto Dragão.

Sobre a Restauração Católica na Igreja


Os Bispos Portugueses e o Motu Proprio Summorum Pontificum


Algunas Reflexiones a Vuelapluma sobre el Motu Proprio


Motu Proprio "Summorum Pontificum"


A Reacção da CEP



A Reflexão de Thomas E. Woods, através do Insurgente

Na Voz Portalegrense















Uma homenagem a Barrilaro Ruas. Todas as que lhe fizerem serão poucas.
Esta Introdução ao Pensamento de Barrilaro Ruas, de Alexandre Franco de Sá, é mais um excelente exemplo, enquadrando-o nessa longa linha de restauracionistas do pensamento ocidental que por aqui muito se admira.

sábado, julho 14, 2007

4











Quatro anos de Aliança Nacional na blogosfera.

sexta-feira, julho 13, 2007

Os Efeitos da Contemporização

Há uns anos um jogador de futebol achou por bem despachar o seleccionador nacional com dois murros. Passado um ano já estava com a camisola da selecção portuguesa pela mão de Humberto Coelho.
Passados uns tempos, um jogador, a meio de um Campeonato Mundial, resolveu dar um soco no estômago de um árbitro. O clube saiu em defesa do jogador tendo o presidente, um senhor assim para o lento, jurado a pés juntos que nada se havia passado, o que encontrou eco na massa adepta do clube.
O mesmo se passou pouco tempo depois, quando um jogador, infelizmente já falecido, despachou à cabeçada um adversário e encontrou como castigo da Liga um jogo de suspensão.
Ontem estive acordado até às três da manhã para ver uns putos mimados a prosseguirem esta bonita tradição, roubando os cartões ao árbitro, empurando-o, protestando contra uma decisão (ainda por cima justa). Só estão a fazer o mesmo que aprenderam com os seus ídolos e o beneplácito cretino que estes obtiveram da imprensa e da opinião pública.

quinta-feira, julho 12, 2007

"Continuem a cantar a Marselhesa. Eu não."

Prepara-te para a Marselhesa, pelo JSM.

E os croquetes também não estavam nada maus...









Salazar, por António Bastos

quarta-feira, julho 11, 2007

A Fundamentação dos Nossos Liberais





















Não posso deixar de me surpreender com a afirmação do Prof. Rui Ramos de que o PS tenha deixado de lutar pela liberdade. Será que alguma vez o fez, segundo a sua concepção de liberdade? Alguma vez o PS foi anti-intervencionista e anti-socialista?
Interessaria saber então quem está errado...
Ou o PS não defendeu a liberdade, ou foi a liberdade que mudou. De qualquer das formas o autor da declaração estará sempre equivocado. Primeiro, porque seria estranho que uma concepção de liberdade fosse aplicável numa data e outra noutra, o que nos levaria a ter de perguntar quais os critérios para que isso aconteça. Segundo, porque com a Democracia o Estado cresceu para patamares inimagináveis e tornou-se propriedade dos seus indivíduos (a correlação entre ambos os fenómenos é evidente). Não será que um liberal deve sempre defender o oposto destes dois fenómenos, um Estado menor e o Estado como árbitro e não propriedade dos seus membros?
E será que alguém se pode dedicar à tentativa de introduzir um "conservadorismo do liberalismo" em Portugal sem responder a estas questões?

Etiquetas: ,

Para o Leitor PRodrigues















A Self-Made Hero

Crusade in Spain (difícil de arranjar)

"The New Corporate Ireland", Fascism, p.182

terça-feira, julho 10, 2007

Saudades

O Circo Intelectual Identitário

"O arqueofuturismo segundo a vulgata fayeniana", por Guy Mosjoen.

Os livros que me acompanharam na recente ausência

(A solicitação do Gazeteiro)

"A Política" de Aristóteles
"Revolt Against Modernity" de Ted McAllister
"Modern Philosophy" de Roger Scruton
"Fascism: A Reader" de Roger Griffin

"Santo Subito!"

Lá Estarei (não é inconstitucional?)


"Amanhã, dia 10 de Julho, pelas 18H30, será apresentada a obra "António de Oliveira Salazar - O Outro Retrato", da autoria de Jaime Nogueira Pinto (editada pela Esfera dos Livros). A apresentação será feita por Marcello Duarte Mathias na Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa."

segunda-feira, julho 09, 2007

Medicinas Alternativas

Já conhecem o In-Direita?

Distinções

Devido à minha ausência nos últimos dias, não reparei, em tempo útil, que a Joana Lopes Moreira e a Mafalda Miranda Barbosa distinguiram esta casa como uma das 7 Maravilhas da Blogosfera. É bom ser reconhecido por leitores (neste caso leitoras) que não sabia ter e na boa companhia de outros blogues de que gosto.
Resta-me agradecer e tentar não desmerecer ou esmorecer...

Caríssimo Miguel Vaz

O meu mail é o_corcunda@hotmail.com !
Diga alguma coisa!
Abraço

Longe do Fim

Não sei se estamos a assistir ao ocaso da blogosfera. Se o FSantos estiver correcto estamos em “fim de festa” no que respeita a um círculo nacionalista, desenvolvido nos últimos quatro anos. Creio que o mais interessante e útil, o confronto de ideias, passou por este círculo de alinhados e não-alinhados de Direita, intransigentes da Nação, uns mais motivados e inspirados, outros menos. Constituiu-se um círculo de discussão espontâneo e muitas vezes de qualidade.

A perda deste círculo não implica, porém, o fim dos blogues. Este blogue funciona para mim, como repositório de ideias. A difusão de ideias e a existência de alguns leitores fiéis é um agradibilíssimo efeito secundário do qual me custaria prescindir, mas que não impediria o curso do que se escreve neste pequeno caderno electrónico. Custa-me pensar que a perda de alguns leitores ou polémicas sirva como desculpa para o abandono de projectos que se pretendiam ser superiores ao ramerrame das coisas que existem por critérios numéricos e de eficácia.

E os substitutos não são felizes. O nível dos vários “fora” que se encontram por aí é um misto do melhor e do pior. Gente bem intencionada, quase sempre, mas com alguma impreparação que leva à moderna preferência de qualquer acção, acima da boa acção. São poucas as discussões interessantes e sempre que algumas pessoas de maior capacidade elevam o nível da discussão, procurando estabelecer pontos de distinção e elementos que conduzam a algo mais amplo que um slogan patriótico, a discussão encontra o seu fim, ou é desconstruída sem nexo por um dos muitos ignorantes que pretendem promover-se e às suas demências, a custas da boa vontade de outros.

Eu não vejo caminho que não seja continuar até que me falte o que dizer.
Enquanto não chegar lá...

terça-feira, julho 03, 2007

Bento "O Restaurador"















A seguir, com atenção, na Casa de Sarto.

segunda-feira, julho 02, 2007

Esticar o Tabuleiro




















Os Estados Unidos venceram a Guerra Fria através da descolonização. É interessante que tantas análises debatam o papel da “Guerra das Estrelas” no fim da Guerra Fria e tão poucos analisem a forma como os Estados Unidos aumentaram o campo de batalha à África e à Ásia para aumentar os custos de um sistema económico inviável. Foi a descolonização que tornou a URSS uma superpotência, dando-lhe uma necessidade e uma oportunidade de ganhar em “tabuleiros” que até aí não tinha qualquer hipótese de conquistar. A estratégia de dar oportunidades a um bloco antagonista compensou de sobremaneira, porque era evidente que, se se conseguisse manobrar o jogo nuclear, o sistema soviético iria implodir e deixar os seus despojos para uma nova concepção de presença estrangeira, mais barata e eficaz. É sem dúvida mais eficaz sustentar uma elite opulenta do que construir hospitais, escolas, estradas, e tudo isso aumenta o preço da mão-de-obra, sobretudo quando se quer apenas lucrar com explorações extractivas de baixa tecnologia. Para tal efeito as independências que não assumissem o predomínio da maioria negra e com a total destruição da indústria e serviços, não serviam... O que Salazar tentou em 1961 junto dos americanos, um roteiro progressivo para a independência, estava condenado ao insucesso por essa razão.
É evidente que nestas coisas da política a prudência é importante, mas não se deve confundi-la com imoralidade. Quando as vidas de portugueses estão em jogo, quando direitos e aspirações legítimas das populações estão em causa, a capitulação é uma dessas imoralidades. Tanto é assim que só na Guiné a Guerra estaria a ponto de poder ser perdida... Tantos anos de Guerra e conseguiram-se em Angola, Moçambique níveis de desenvolvimento surpreendente.
Outros catorze anos de guerra, sem entreguismos e desprezo pelos brancos, indianos e pretos, que construíram a África e teríamos uma força internacional combater o terrorismo que matava bébés à “catanada”.
E por estranho que possa parecer, ainda há gente que pactua com esta maneira de ver o mundo...

Etiquetas: