terça-feira, janeiro 30, 2007

Está Tudo Explicado

Salazar é o mais votado nos Grandes Portugueses devido a uma fraude, magistralmente desmascarada no DN e analisada pelo Prof. Medeiros Ferreira, sempre inteligente na compreensão destes fenómenos de psicologia dos animais irracionais.
Estes "fáchistas" são "muita" espertos...

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Um Mundo Melhor




















Soube através do Engenheiro que o Bispo de Beja, D. Vitalino Dantas, afirmou no Público de 20 de Janeiro que só quem tem consciência dos seus actos pode ser considerado Pessoa Humana. Penso que aqui se encontrou a chave para os problemas económicos do país...
Porque não se poderão comercializar então pessoas deficientes mentais, trissómicos, pessoas de baixa capacidade intelectiva que não compreendam as implicações morais do Ser Humano?
Hordas de trabalhadores serão comerciados como animais de carga... como coisas e não gente!
É o Humanitarismo, Estúpido!

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Do Perigoso Olavo de Carvalho



Miséria Intelectual Sem Fim. Um roteiro e um alerta...
Um autor que já sofreu inúmeros ataques ao seu "site" pelas forças do Progresso e outros combatentes "anti-fáxistas"!

domingo, janeiro 28, 2007

Amanhã às 2h na Maternidade Alfredo da Costa

sábado, janeiro 27, 2007

Onde é que eu já ouvi isto?


Através do Pedro Sette Câmara cheguei a este excelente artigo da National Review que conta como os comunistas tentaram fazer passar Pio XII por Nazi. Uma estratégia amplamente denunciada em The Myth of Hitler's Pope, livro que saudamos e que aqui é muito bem analisado.
Novos tempos, velhos métodos...

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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Pulhices e Escapadelas

Num país em que a canalhice é uma virtude o povo não pode senão merecer as suas elites. Poderia dizer que as pessoas que nos têm tentado fazer passar por "nazis" ou "odiadores de que quer que seja" nunca leram uma página deste blogue. Não sei... O que sei é que os seus propósitos são evidentes!
Quem tiver a paciência (e me fizer o favor) de percorrer os arquivos deste blogue poderá observar que ele se apresenta com o propósito fundamental de denunciar todas as posições políticas da modernidade (fascismo, socialismo, liberalismo), como incapazes de compreender o Bem com único guia para a política. Todos os leitores deste blogue sabem do que falo. Os textos que apresento partem da rejeição liminar do nazismo (uma forma peculiar de socialismo), como todo o seu apelo racial e materialista que tantas vezes aqui refutámos (lembrando até o património da I República nesse domínio e do materialismo-positivista na disseminação desse ideário). Tudo tem sido feito para demonstrar como ambos os desvios espirituais são manifestações de uma mesma doença.
É por isso que não posso deixar de me insurgir contra este insulto. Insulto que compreendo como parte de uma estratégia mais abrangente. Repare-se que o Interregno (um dos melhores e mais serenos blogues cristãos que conheço) está também debaixo de fogo! Colocar cristãos e nazis de um mesmo lado parece ser uma reductio ad hitlerum perfeita para os nossos dias...
Por isso me junto ao Rodrigo Moita de Deus no apelo à Joana Amaral Dias e ao Prof. Medeiros Ferreira no sentido de saber porque razão terá o Bichos Carpinteiros um link para um blogue tão nocivo quanto o meu... Será o "Bicho" uma fachada para perigosas actividades nazis? Das duas uma! Ou não sabem o que se escreve neste blogue e ilibam, portanto, os blogues do Não que linkam o Pela Vida, ou acham que esta casa não é um perigoso blogue de apoio ao Hitlerismo, ao racialismo ou ao PNR e acham que esta casa está a ser vítima de um "character assassination" por parte de seus correligionários.Imagino que o silêncio que se seguirá... Silêncio semelhante ao do senhor que nos "indexou"!
Desculpem o desabafo, que não devemos responder a argumentos deste calibre. Discutir fascismos e invocar demónios do passado é levar a coisa para o terreno destes Torquemadas de trazer por casa...

E leiam o MCB a este respeito!

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quarta-feira, janeiro 24, 2007

O Ódio ao Homem e à sua Limitação Natural




















Lebensunwertes Leben, pelo MCB.
Mais uma exposição da "causa humanitária" do SIM.

(matéria para o Miguel Madeira pensar um bocadinho nas falácias que anda a utilizar)

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Crescer

O AAA fez o favor de citar o meu texto anterior e logo surgiram as críticas do costume.
Porque é que se deve obedecer a uma "Norma Externa ao Homem" quando há muitas pessoas que nela não acreditam?
A razão é simples! Pela mesma razão que uma pessoa que ache que a propriedade é um mal não pode roubar, ou uma pessoa que não acredite no valor da Vida Humana não pode matar.

Pergunta o comentador se esta é uma posição liberal. Esta é "a" posição liberal! É a posição dos que acham que a sociedade liberal está acima dos desejos de cada um, que se ordena por uma estrutura que não é convencional, mas natural. O jusnaturalismo liberal, com todos os seus erros e limitações, é o liberalismo! O resto é uma construção débil que descamba no princípio democrático de que "tudo é reinventável", desde a propriedade aos direitos individuais.

Esta liberdade é uma obsessão infantil que acha que a sociedade é justa quando todos obtêm os seus desejos, independentemente da sua qualidade intrínseca.
Cresçam...

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segunda-feira, janeiro 22, 2007

Outro Mundo é Possível, Assim?

O deputado do BE João Teixeira Lopes disse ontem à RTP que “não é uma lei que determina a nossa consciência”. Concordo! O problema é que no “combate contra todas as opressões” a que o deputado aludia fica o Vazio. Quem defende esse tipo de “liberdade” é quem se opõe a qualquer posição política que se sobreponha à convencionalidade. Para estes a Vida Humana é determinada pela colectividade, o que significa que numa qualquer assembleia soberana é possível retirar a humanidade a uma parte da população. Da segurança que tal organização política pode dar às populações minoritárias nem vale a pena falar, pois a Vendeia, Bergen-Belsen e a experiência do Gulag são ilustrativas em si.
Na atribuição da Vida Humana a um Ser a única solução plena de Liberdade, da Verdadeira Liberdade, consiste em não colocar tal capacidade à mercê das paixões da sociedade e aceitar as normas externas ao Homem, únicas ferramentas para a libertação do despotismo de direitas e esquerdas.

O ponto é o que já aqui tantas vezes referimos. Ou se acredita que o feto é um ser humano ou não. Caso o não fosse só teríamos de nos preocupar com as mães e com as suas dores... O problema é que os que dizem que querem combater a “opressão” são a favor da maior opressão de todas! Defendem que a lei deve proteger a visão de cada um, ou que uma pessoa que não tenha posição sobre o assunto da vida humana deve proceder como desejar. A inexistência de uma compreensão sobre a realidade e a afirmação de que qualquer que seja perfilhada demonstra bem a face do monstro!
A mulher não precisa de achar que ali não existe Vida! Pode perfeitamente achar que existe um Ser Humano no ventre e matar segundo seus apetites. E pode escolher segundo a sua Vontade (a apoteose da Vontade dos nihilistas que tanto inspirou o Nazismo) quem é digno de ser Humano e, consequentemente, de ter uma Vida autónoma e independente dos “naked desires” de outrém.

Opondo-se a um limite externo, mas defendendo todas as posições, não há esperança para algo a defesa de algo que seja novo. Assim “outro mundo não é possível”!
Porque é que escolher alguma coisa é melhor que outra? Porque é que Marx (ou Adorno e Horkheimer) é melhor que Nietzsche e Hitler?

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Grandes Defensores do SIM (III)


















Com um abraço muito particular ao Daniel.

Grandes Defensores do SIM (II)






















"Two can play that game"

Grandes Defensores do SIM (I)









A este propósito é preciso relembrar o texto que escrevi "Forgiving Dr. Mengele".

No Eixo do Mal

Já tenho um lugar garantido no Campo Pequeno!

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domingo, janeiro 21, 2007

Condições para uma Armadilha


















Em 1975 ainda faltavam uns anitos para que os meus progenitores me concedessem a graça da vida, estando por isso limitado pela ordem natural das coisas a protestar contra o que quer tivesse ocorrido nesse tempo.
Posso falar, contudo, pelos princípios que me norteiam e que me levam a contestar muitas posições de grupos e pessoas que admiro... A minha incondicionalidade não vai para as pessoas ou grupos, mas para aquilo que as transcende. Os grupos são determinados pelos princípios e não são eles que vinculam a responsabilidade ou as crenças. É precisamente isso que creio separa os homens-livres dos escravos do Sectarismo.

A minha posição é a mesma de sempre. Não há direitos à vida absolutos. Nem nada que se leia anteriormente neste blogue diz isso, pois para esse efeito teria de ser contra a "guerra justa" (mal de que me parece estar perfeitamente ilibado)... O que digo é, como de costume, que a morte de alguém é um recurso apenas utilizável para impedir um mal maior.
Nisso estou bem acompanhado pela Evangelium Vitae (aqui citada por César das Neves),

«Claro está que, para bem conseguir todos estes fins, a medida e a qualidade da pena hão-de ser atentamente ponderadas e decididas, não se devendo chegar à medida extrema da execução do réu senão em casos de absoluta necessidade, ou seja, quando a defesa da sociedade não fosse possível de outro modo. Mas, hoje, graças à organização cada vez mais adequada da instituição penal, esses casos são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes» (EV 56)

onde se apresenta a evolução material e a capacidade de um sistema repressivo e penal eficaz como razão para a diminuição ao mínimo da Pena Capital, facto com que concordo.

Acredito no Perdão, mas a dificuldade da compreensão do arrependimento verdadeiro impede que essa norma vigore sem mais. Se esta vertente tem sempre de ser atendida, é também imperativo que se observem as consequências para a comunidade de uma prática criminosa. Se essa é a Norma do Mundo-que-há-de-vir, dadas as limitações deste em que vivemos, a pena tem também de ser equacionada no seu carácter dissuasor. É por isso que não é possível indultar todos os arrependidos...

Não é preciso achar que Franco não errou para achar que o Franquismo era melhor que o Republicanismo. Nem é preciso ser muito imaginativo para ver o que aconteceria a Portugal na II Guerra Mundial se os Republicanos estivessem aqui ao lado...
Achar que a admiração por um homem nos vincula a aceitar todos os seus erros é acertar ao lado e gritar "touché"...

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O Post 1000 Deste Blogue


























É um pedido para a marcarem na vossa agenda.
Vemo-nos lá!

Uma Página Excelente






Contro-Rivoluzione é uma página excelente, com textos profundos de teoria e acção política, com muitas publicações fundamentais para o pensamento cristão e tradicional. Os que souberem italiano encontrarão aqui quase tudo o que precisam...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

A Lógica da Batata e da Inveja

Maria José Morgado diz que há muita gente a enriquecer com o aborto clandestino...
A única diferença se ganhar o Sim é que passam a enriquecer à custa do contribuinte!

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Três Razões Para os Riscos do Post Anterior


Sobre o Estadista Pombal
Sobre o Político Cunhal
Sobre o Diplomata Sousa Mendes

terça-feira, janeiro 16, 2007

Neutralidades Colaborantes

























Porque razão é que o Marquês de Pombal e o Infante D. Henrique são Estadistas e Salazar é Político? Será para o pôr ao lado de Cunhal? Para difundir a ideia de que são as duas faces de uma mesma coisa? E não é essa uma tentativa de dizer que o regime actual é um caminho de moderação entre dois extremos? Não é apenas uma Neutralidade Colaborante, mas uma nulidade habilidosa este regime que tem Costa Pinto como cronista-mor...

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De Portas Abertas


Há um ano que o Portas do Cerco nos acompanha na defesa de um Portugal superior a modas e "ismos". O Vitório é dos poucos da nossa geração que, sem ter vivido Portugal, se recusa a deixar de o esperar numa qualquer praia desse mundo!
Há bandeiras que não podem cair.

domingo, janeiro 14, 2007

Abraço

Há momentos em que não sei o que dizer. Há tanto que escapa à lógica...
Um abraço ao Paulo.

Continuidades e Descontinuidades














Não resisto a transcrever este post de João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos, de um alcance enorme.

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Dedicado ao Leitor Lemos


















Political Philosophy of Alasdair MacIntyre

Virtue Ethics

Aristotle (384-322 BCE.): Politics

Thomas Aquinas (1225-1274)

O Domicílio

A Perversidade do Morno










Gosto da República e Laicidade. Gosto deles como gosto de um remédio amargo. Não são eles o inimigo. O inimigo não é a estupidez. O inimigo está refastelado e descansado.
Há uns anos falava com um sujeito que conheço, e que pertence à Opus Dei e ao PSD, sobre a questão do Aborto e ele dizia-me que eu tinha de compreender o referendo, que era uma marca dos tempos... Percebi que naquelas palavras se escondia o inimigo, o que tem uma ideia do que é o Bem, mas que prefere olhar para o lado. Não sei o que dizer de um homem que vê um homicídio (e que sabe que o que vê o é) e que olha para o lado. Dá menos trabalho obedecer à maioria...

Gosto da República e Laicidade porque luta pelos seus princípios. Não olham para o lado! Os seus princípios são errados e fruto de enorme ignorância. Mais grave que isso é uma sociedade e uma gente sem princípios, onde se deixa à discricionaridade de cada professor do primário a existência de uma cruz ou de um símbolo satânico na sala de aula...

Devemos encorajar a República e Laicidade, porque diz coisas tão erradas que tornam a verdade ainda mais evidente. Ninguém consegue viver numa sociedade de tão grande estupidez. Trazem-nos mais próximo de uma clarificação das liberdades do nosso sistema de valores.
Contei estes pensamentos a um amigo que me disse “Não se pode viver sempre a Guerra Civil Espanhola”. Não sei...

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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Magazine Grande Informação e Outros




















Por sugestão do leitor Fernando Lemos comprei a Magazine Grande Informação deste mês. Gostei muito do timbre sereno, de um carácter português popular e tradicional, de uma ou outra reflexão bem colhida. Algo que me parece não se coadunar com louvores a Lula da Silva e com o desejo de que este seja o novo Imperador da Lusofonia, dessa que defende a “Justiça Social” contra qualquer tipo de Justiça...

Temos contudo outra novidade na dita revista. Uma novidade assim para o búlgaro...
Estranha coisa esta de um Rei-articulista! Um articulista que não fala quando é preciso representar a Nação, mas que tem opiniões sobre isto e aquilo (o que pode variar entre grandes questões civilizacionais e a última receita de Maria de Lurdes Modesto)...
O drama desta monarquia (perdão, Democracia Real) é este espírito “Caras”, como se um monarca fosse uma princesa Diana, a princesa dos corações das sopeiras que se vai mantendo como um Napoleão através da exploração de mexericos de camareira passados para revistas direccionadas à gente embrutecida.

O texto do Senhor Dom Duarte é muito interessante e revelador do que é esta coisa da Democracia Real...
Defende a Soberania Popular ao apresentar como referendável a matéria do aborto. Afirma que a Pergunta do Referendo está mal feita e que por isso é um atentado à democracia, mas aceita que o Povo faça o Mal, tendo como única sanção uma possível retribuição Divina.
Com um horizonte tão limitado é evidente que o argumento não pode ir mais fundo que isto, cifrando-se numa ideia justicialista. Os abortos não podem acontecer para não passarem à frente de doenças no SNS!
Quando a Voz de Portugal se confunde com a voz do homem comum...

Não sei quem tem como ideia republicanizar (miguelsousatavarizar) a imagem do Rei e tornar a Monarquia Portuguesa em assunto de Doges Venezianos, mas seria bom ver se não são os mesmos que consideram que sem a Boa Nova Democrática não há regime legítimo.
Num ponto discordo do António Bastos. Eu fico muito contente que se definam as águas. Há monárquicos e há democratas... E eles já escolheram o seu lado!

Mais uma achega

Desta feita pelo Nuno Rogeiro no Futuro Presente.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

O Conservadorismo Popular segundo São Portas

No Sol de há algumas semanas Paulo Portas escreveu "A Queda do Hífen", um artigo de muito interesse para quem compreender em Portugal o que se pensa do conservadorismo norte-americano. Numa página PP faz política da grossa e ainda marca o regresso.
Assumindo-se um conservador oakeshottiano, daqueles que seriam leninistas num país comunista por terem medo de mudanças não graduais, PP ainda tem tempo de bater nos neo-cons (com quem aparecia sorridente e bronzeado em todas as fotografias que lhe queriam tirar) e de ser "assaltado pela realidade" em matéria de política externa pela compreensão de que a Democracia pode não ser exportável (e para Portugal). Numa página singela temos o melhor e o pior de PP. Um político que até lê política e que é capaz de compreender o ritmo das ondas que vêm de fora. Um sujeito que se demarca de todas as posições que teve sem qualquer necessidade de explicação, de acto de contrição. Novas alianças e novas políticas, sem necessidade de "porquês"...
Em tudo isto PP só se mantém fiel ao PP, afirmando que um partido conservador é um partido dos "consensos sociais"! Um Partido Popular...
Importam-se de relembrar o senhor PP quais eram os consensos sociais mais vulgares na década de 30?...

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terça-feira, janeiro 09, 2007

O Novo Meteorologista

É com enorme alegria que vejo que o ano de 2007 nos traz o António na pele de bloguista de pleno direito. Não tenho dúvidas de que o António vem para agitar as águas e relembrar os portugueses dos seus deveres. Ficamos todos a ganhar...

Hoje Acordei Assim

Por sugestão do PG fui ver esta excelente recensão do Apocalypto de Mel Gibson. Nas caixas de comentários discute-se tudo! Tudo menos as virtudes do filme... Fala-se de rótulos, de lacaios do capitalismo, de genocídios entre aspas... Talvez a única solução seja uma mentira, talvez até menos nobre do que Strauss sopunha, para entreter esta gente e deixar as ideias a quem as ama.
Já não sei o que fazer...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Eu vou lá estar!

Ave Saparmurat I, o Magnífico!

A Número Quatro







Não sei se tudo o que é preciso saber sobre o Aborto está na Alameda Digital nº4, mas é notável que se apresente uma perspectiva abrangente que vai do jurídico ao deontológico, da abordagem psicológica e das experiências pessoais ao plano filosófico-ordenador desses sentimentos e emoções.
Nesta edição realço o contributo de Manuel Azinhal que tão bem demonstra como as perguntas influenciam as respostas e como o que não se diz é o mais importante na questão, a detalhadíssima análise das consequências do Aborto na mulher por Maria José Vilaça, bem como um cortante glossário da autoria de Pedro Guedes da Silva, bem ilustrativo da sordidez do estado civilizacional a que chegámos.
Realço também este artigo que apresenta a posição pró-abortista como uma religião do vazio e da dúvida...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

A Morte e a Igualdade Cristã

Creio que a morte de Saddam se virá a constituir como um momento fundamental na compreensão do nosso mundo e do nosso tempo. Um mundo às avessas onde há duas posições possíveis e onde nenhuma ostenta qualquer tipo de dignidade, onde o espírito dicotómico de “capelinha” e de santificação dos “nossos” não obedece a qualquer premissa que não a identificação com o “nós”. Os que se identificam com as “liberdades” defendem toda e qualquer prática dos liberdadeiros de serviço. Fins que justificam os meios...

A dita “execução” de Saddam não foi um acto de Guerra, um tiranicídio, ou sequer um acto de Justiça.
Primeiro, porque o Iraque não está em guerra. Passaram meses a convencer a “opinião pública” de que o Iraque já possuía instituições nacionais e agora é demasiado tarde para voltar atrás.
Segundo, não existe qualquer tiranicídio uma vez que já não existe Tirano. O tirano encontra-se sempre revestido de uma máquina de Poder. Quem se lembrar da Doutrina Cristã do Tiranicídio terá de relembrar que esta só existe num ambiente peculiar, onde apenas a morte pode causar o colapsar de um sistema injusto. A morte de Saddam é tudo menos um Tiranicídio e não deixa de ser peculiar que se impute ao Cristianismo, a Religião que veio ensinar o perdão, a defesa de mortes desnecessárias.
Terceiro, a execução de Saddam é um acto de vingança e não de Justiça. Quem viu as imagens de Saddam na forca percebe perfeitamente que não existe ali qualquer medida de expressão de um Bem Comum, mas uma vingança de uma parte da população. Os cânticos a Al Sadr e os insultos aos sunitas iraquianos demonstram a inexistência de uma medida maior que o sectarismo. Porquê a escolha daqueles carrascos? Não saberiam tratar-se de xiitas?
E a escolha do Crime? Culpar um chefe-de-estado por condenar à Morte homens que o tentaram matar...
Quem tivesse dúvidas sobre quem manda no Iraque...

Não verto lágrimas por Saddam, mas insurjo-me contra uma morte desnecessária, ao contrário dos que defendem a “Liberdade”, mas aceitam todas as excepções ao necessário “rule of law” e imparcialidade das instituições. Ilustrativa a unção de muitos aos “libertadores”, que sob o nome da Democracia permitiram uma morte em uivos e vivas a Moqtada Al Sadr. Não compreendo essa liberdade, mas compreendo o perdão.
Peço a Deus que perdoe Saddam, como a seus executores, como peço que me perdoe a mim.

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Alameda Digital Nº4


Mais um número da revista da Direita.
Um número dedicado à Vida e que é obrigatório.
A recensão sai em breve.

O Regresso a Portugal

Em Portugal e nas outras culturas decadentes a Palavra é sempre superior à Ideia. Esse é um legado da ideologia e esta é o resultado do nihilismo em que vivemos. As ideias servem para justificar os desejos mais sórdidos, não sendo elas a comandar os objectivos, mas o contrário. A verdade (de cada um, claro está!) é apenas mais uma arma no assalto ao Poder.
O esquema é simples! Escolhe-se um grupo, com um rótulo e seus sinais tribais e depois acredita-se no que se quiser. A propalada tolerância não passa de um vazio interno, uma ausência de crenças, acompanhada de um instinto gregário sem limites. É a receita para a mais abjecta servidão. Os que não conhecem a história política, ou que a conhecem na sua existência superficial (sequência de epifenómenos), acabarão sempre por sacrificar a essência ao acessório.
É por isso que não é nada surpreendente ver na política de hoje os erros, cisões e perseguições do passado.
O ataque ao "sistema" esconde a perfeita identificação com ele. Criticam-se os partidos de massas e a sua desideologização, apresentando-se como solução um partido que não tem doutrina. Apresenta-se um nome, mas um nome onde cabe desde o comunismo baueriano, ao relativismo mais extremo, ao patriotismo saudável. Lado a lado gente que nada tem em comum para além de Palavras.
Na palavra Nação havia um sentido, sentido pelo país. Hoje há portugueses que estão ao lado de nacionalistas de outra coisa qualquer. Há os europeus, os galegos, os brancos, os que julgam viver no século VIII, os que acham deuses-fundadores de novos mitos.
Em comum há o vazio e nenhuma esperança para Portugal.
Não será a crise da blogosfera o simples resultado dessa ausência de ideias, onde nada se diz, nada se propõe, nada se cria?

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