sexta-feira, janeiro 12, 2007

Magazine Grande Informação e Outros




















Por sugestão do leitor Fernando Lemos comprei a Magazine Grande Informação deste mês. Gostei muito do timbre sereno, de um carácter português popular e tradicional, de uma ou outra reflexão bem colhida. Algo que me parece não se coadunar com louvores a Lula da Silva e com o desejo de que este seja o novo Imperador da Lusofonia, dessa que defende a “Justiça Social” contra qualquer tipo de Justiça...

Temos contudo outra novidade na dita revista. Uma novidade assim para o búlgaro...
Estranha coisa esta de um Rei-articulista! Um articulista que não fala quando é preciso representar a Nação, mas que tem opiniões sobre isto e aquilo (o que pode variar entre grandes questões civilizacionais e a última receita de Maria de Lurdes Modesto)...
O drama desta monarquia (perdão, Democracia Real) é este espírito “Caras”, como se um monarca fosse uma princesa Diana, a princesa dos corações das sopeiras que se vai mantendo como um Napoleão através da exploração de mexericos de camareira passados para revistas direccionadas à gente embrutecida.

O texto do Senhor Dom Duarte é muito interessante e revelador do que é esta coisa da Democracia Real...
Defende a Soberania Popular ao apresentar como referendável a matéria do aborto. Afirma que a Pergunta do Referendo está mal feita e que por isso é um atentado à democracia, mas aceita que o Povo faça o Mal, tendo como única sanção uma possível retribuição Divina.
Com um horizonte tão limitado é evidente que o argumento não pode ir mais fundo que isto, cifrando-se numa ideia justicialista. Os abortos não podem acontecer para não passarem à frente de doenças no SNS!
Quando a Voz de Portugal se confunde com a voz do homem comum...

Não sei quem tem como ideia republicanizar (miguelsousatavarizar) a imagem do Rei e tornar a Monarquia Portuguesa em assunto de Doges Venezianos, mas seria bom ver se não são os mesmos que consideram que sem a Boa Nova Democrática não há regime legítimo.
Num ponto discordo do António Bastos. Eu fico muito contente que se definam as águas. Há monárquicos e há democratas... E eles já escolheram o seu lado!