À guisa de introdução, reflexões sobre Fernanda Mestrinho
A RTP representa Portugal. A RTP sempre representou Portugal. No Estado Novo a voz da RTP ecoava como estrutura permanente ao lado dum estado permanente, que se via como depositário de uma cultura, de um ideal de serviço público, de Portugalidade.
Acontece que a moderna RTP, "neutral e imparcial" do pós 74 , não tem consciência das próprias limitações discursivas da "Europa à moderna", dos "pluralismos" civilizados, do "multiculturalismo" como ideal vazio dos nossos dias...
É assim que surgem excrescências a-intelectuais como Fátima Campos Ferreira e Fernanda Mestrinho, é assim que começa a nossa história de hoje.
Num dos sazonais debates sobre Salazar pretendia-se a discussão, o conflito de opiniões, e todo esse chorrilho de banalidades que a turba considera importantes para que se alcance a verdade.
A apresentadora, Fernanda Mestrinho, bombardeava os comentadores presentes, Jaime Nogueira Pinto e Fernando Rosas, com perguntas que considerava serem perguntas de "cidadania", no interesse dos "cidadãos".
A determinada altura a jornalista, insultada com a falta de liberdades civis no Estado Novo, pelas medidas de repressão da propagação do comunismo, pela Censura, pergunta a propósito do estadista Salazar:
"Esses factos não denotam, em Salazar, uma grande falta de cultura democrática?"
Os circunstantes ficaram tristes.
Rosas indagou se todos os seus aliados, agregados na visão politicamente correcta que, agora se arroga de neutral, seriam paramécias ignorantes, camuflados por uma linguagem balofa e abstracta...
Jaime Nogueira Pinto sonhou durante milésimos de segundo com o reavivar de uma cultura de interesse histórico e nacional... recomposto disse ao seu estilo "ouça, Salazar não era um democrata!".
A conversa ficava por aí... Eu pensava no Bem Comum de Portugal... a tv continuou inocentemente a despejar propaganda liberal... voltei às leituras de Alfredo Pimenta sobre as verdades vencidas Deus, Pátria e Rei.
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