quinta-feira, março 25, 2004

A 1ª Excelência

Há muito tempo que não se via uma entrevista assim!
Os entrevistadores não perceberam a linguagem, a mensagem, o pensamento de Adriano Moreira. Perguntaram as coisas erradas, mas as respostas saídas da sua boca ganharam uma importância que há muito não se via na TV.

Devo dizer que andava triste com Adriano Moreira. Infeliz, recentemente, pelo discurso abstracto sobre os direitos humanos, o primado do Direito Internacional e a importancia da ONU. Parecia que o tínhamos perdido no mar do politicamente correcto (tanto Teillard de Chardin acaba por fazer mal a uma pessoa), numa tentativa de se afastar do conservadorismo que serviu sempre lealmente.
A idade traz calma e desinteresse. Donoso Cortes, Edmund Burke, Halifax, são exemplos óbvios, ainda que não muito famosos, do que digo. Quem nada espera jáa da vida, pode observar a verdade e dizê-la sem necessidade de compromissos.

Quando instado a pronunciar-se sobre a Democracia como regime, Adriano Moreira afirmou: "o regime que melhor garante a paz no mundo em que vivemos". Não houve interferências... não houve barulho... não se falou em direitos de expressão, de participação, de auto-destruição... Só uma coisa: O bem de Portugal e neste sentido a noção de que neste momento nada pode fazer no plano internacional (uma vez que amputado da sua vocaçãao universal) a não ser guardar-se para dias mais felizes, para que um dia se cumpra. Comecemos pela paz para chegar ao Bem!

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