quarta-feira, setembro 26, 2007

A Gaia Ciência

A meio do século passado, uns quantos pensadores utópicos achavam que o conhecimento residia no quantificável. A Ciência Política andou presa a sondagens cretinas e mal realizadas, por desprezarem a importância da filosofia e teoria em todo o saber...
A cretinice ainda anda por aí à solta. O exemplo vem deste artigo pretensioso e absolutamente descabido, mascarado de neuro-psicologia-política.
A coisa é montada da seguinte forma: Há pessoas que são mais conservadoras (não gostam de arriscar) e outras menos e tudo depende da forma como o cérebro está estruturado. Vai daí, aplica-se isto à Ciência Política. Os Conservadores (a malta da direita) são possuidores dessa característica (o medo de arriscar) e os de esquerda são uma cambada de aventureiros. Este pensamento tem a profundidade de uma poça na estrada, como se a a posição política de alguém fosse aferível pela forma como joga no casino.
Quando se fala de Conservadorismo não se está a falar de uma tendência, de ser cauteloso, de gostar de pesca (como dizia o outro). Tal implicaria que a estratégia "maximin" de Rawls seria a grande apologia conservadora do século XX.
Mais uma grande vitória para a Ciência!

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