quinta-feira, junho 25, 2009

Passos

O Diogo diz que qualquer pequeno passo é melhor do que nenhum. Não concordo. Como há muito venho a dizer, é sempre melhor não fazer nada do que fazer pior.
E quando se dão passos no sentido errado (no caminho do socialismo, do desprezo pela tradição, no sentido de uma espiritualidade que representa a antítese do que é Portugal, a ideia de que o cidadão é superior à comunidade) qualquer passo é indiferente ou nocivo.
Não ver que o sentido dos passos tomados por esta forma de nacionalismo são o mesmo ou pior, não trazendo uma única solução para o problema essencial de Portugal, é pactuar com isso. Eu não apoio o Portugal do PNR (discurso, programa, preocupações, estilo). Não gostaria de viver nesse país, da mesma forma que nunca apoiaria o apelo soberanista do PCP ou do PCTP-MRPP. Ainda que digam às vezes as mesmas palavras que eu digo, o sentido em que caminham é completamente oposto do meu.
Pode, quem quiser, lamentar-se com a ausência do contributo deste ou daquele. Ouço a mesma conversa de gente do CDS e do PSD, dizendo que fora dos partidos do MFA nada é possível fazer, que afastado deles se é inútil. É um erro. Hoje em dia a coisa que mais diferença faz é dizer a verdade e aquilo que se pensa. Algo que não vejo ninguém no plano das Direitas fazer há muito tempo. Uns fazem indiferentemente publicidade ao pensamento cristão e a concertos de incentivo ao ódio. Outros mascaram-se de progressistas para serem mais palatáveis à formulação mental presente. Outros lançam-se aos pés de qualquer disparate que creiam dar visibilidade. Os partidários falam da parte de um “pastelão” ideológico que não tem qualquer sentido real e que foi apenas o consenso a que se chegou na última reunião lá na sede.
Tudo menos ter lógica, princípios e fins.
Se os passos que são dados vão no sentido oposto do correcto, nada se ganha. Pelo contrário. E o regime vai tendo os nacionalistas que merece e precisa…

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