quarta-feira, junho 24, 2009

Actos de Reflexo











O Diogo discorda de que o povo português não se reveja no PNR. Diz que para não se rever seria preciso conhecê-lo. Espero que quando alguém vier afirmar que o Diogo está loucamente apaixonado por uma nonagenária de Lamego, ele diga o mesmo, “que não se pode afirmar que não estejam apaixonados por não se conhecerem”.
Como é evidente, a única utilidade de se afirmar tal coisa é tapar o sol com a peneira.
Daí a que o problema do PNR seja apenas a desigualdade de meios e oportunidades, vai um pulinho. Um pulinho que esquece o total ostracismo a que o Partido Humanista ou o MPT que, com menor difusão e menos membros, têm votações superiores. Por mim, utilizem a peneira que quiserem e continuem a sonhar com deputados. É-me indiferente.
O que já me não é indiferente é a forma como se apresenta o PNR como solução patriótica, nacionalista-portuguesa, consensual dentro da direita, de unidade portuguesa. Isso é simplesmente falso.
O PNR não é um partido do nacionalismo português porque (1) não reconhece a primazia de um Bem Comum Histórico – crendo caber aos vivos e presentes a determinação de quem é português e quem o não é, (2) aceita os fenómenos de paganismo e de idolatria da comunidade, ao bom estilo esquerdista, contra tudo o que sempre foi Portugal até às catástrofes dos últimos séculos, (3) crê que os Portugueses (o povo) são superiores à Nação (ente moral), não defendendo uma moral prévia aos desejos da população (a tal segurança com que se identificam os portugueses), (4) defende a posse estatal do tecido produtivo como forma de preservar emprego.
O Portugal que o PNR defende é, em suma, a Democracia, o Paganismo Comunitário, o Populismo e o Socialismo. O Anti-Portugal, como é evidente.
Se o Diogo se quer unir contra os princípios de Portugal com quem quiser, faça o favor. Mas quando invocar a Graça de Deus para a construção desta Nação pense um pouco sobre o lugar que há para a Graça no Portugal que quer construir com os seus camaradas (uns que odeiam Cristo, outros que o consideram irrelevante politicamente).
Deixar para trás a perspectiva Cristã, a favor de um qualquer culto da acção comunitária, é um acto de soberba. Típico de quem se admira ao espelho e, vaidoso, acredita mais importante o meio (o próprio) do que a finalidade (o Bem)…

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