terça-feira, abril 10, 2007

Unidade Somática















Como já escrevi aqui a “liberdade de expressão” como princípio geral e abstracto é coisa que me comove pouco. Serei sempre contra a ideia de que se possa propagar ideias de extermínio de partes da população como se fosse outra opinião qualquer. Nem me parece que esta posição seja demasiado extremada, uma vez que vejo tanta gente a defender que não exista publicidade e incentivo à prática do Aborto. Defendo-a como defendo que o Estado tem obrigação de calar todos os que faltam à Verdade para prejudicar alguém. São crimes que existem na moldura penal actual e que se devem manter.
É também evidente que a tentativa de silenciar socialmente opiniões sobre a Imigração em Portugal não recai nessa categoria de perigosidade e dano social. Todos os danos causados ao cartaz do PNR são também práticas criminosas, iguais a tantas outras. Pena que não se denuncie a forma como os nossos habituais defensores das liberdades pretendem agora o silenciar de opiniões divergentes, algo que se suponha ser coutada dos perigosos extremistas de direita.
Eu continuo na minha. O perigo de ver o Erro e o ódio escudados por uma “liberdade” que é contra o bem da comunidade parece-me ser maior que qualquer cálculo hegelo-rawlsiano de auto-interesse, de reconhecer para ser reconhecido. Não me tenho em tão alta conta que pense que nunca poderei estar errado e que não exista alguém com capacidade para ver se estou a causar mal a alguém (individual ou colectivo). Perante o deus do espelho não me prostro...
Não tenho dúvidas de que uma sociedade que vive em paz deve impedir os que, pelos seus interesses particulares, querem fomentar guerras que só existem nas suas cabeças e nas suas almas tomadas pela desordem. Não prescindo da orientação platónica da ordem da comunidade como extensão da alma saudável. Lamento...

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