quarta-feira, abril 25, 2007

Dia de Traidores











Celebra-se amanhã o dia da libertação.
Há 33 anos os portugueses libertaram-se do peso de ter um país de nove séculos, com todas as obrigações e sangue que isso implica.
O Império implicava gastos. Eles que se matassem todos, para que os metropolitanos corressem a comprar discos proibidos e a supermercados.
Uma comunidade implica laços morais, com uma estrutura valorativa própria e determinada pelo interesse comunitário. Correu-se a ajoelhar perante os ídolos vazios e formatados pelas instituições internacionais, perante o vazio democrático preenchido pelos interesses de ocasião da maioria dos cidadãos.
Uma Nação implica uma acção colectiva com o intuito da salvaguarda da soberania. Num piscar de olhos entregaram-se todos os instrumentos que possibilitaram que esta acção histórica autónoma, independente e livre, existisse durante séculos.
O país de Marcello Caetano passou ao país ao país do Jorge Miranda. O país de Salazar, Franco Nogueira, Cavaleiro Ferreira, passou ao país de Paulo Pedroso, Ana Gomes e Odete Santos.
Mandava-os todos a um sítio feio... Mas há trinta e três anos que vivemos nele.