sexta-feira, março 16, 2007

O Vómito















Saberão escrever GULAG?

Aquela escória (URAF) que fez a manifestação contra o Museu Salazar escreveu um mail ao meu amigo LTN e que ele fez o favor de ma reencaminhar. Devo dizer que não esperava que a reflexão fosse profunda ou sequer articulada, mas a missiva que faz parte do abaixo-assinado inclui reflexões de gravidade tal que aqui temos de a denunciar.

1. – “Uma perspectiva científica e objectiva só poderia sustentar-se, necessariamente, inapelavelmente, partindo dos valores e princípios da Lei fundamental – a Constituição da República -, que exactamente caracteriza o regime deposto pela Revolução Democrática de 25 de Abril de 1974, como um «regime fascista» de «ditadura, opressão e colonialismo» derrubado pelo «Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos»”

Ficamos a saber que toda a ciência em Portugal está vinculada pelos princípios da Constituição de 74. Qualquer oposição à caracterização do Estado Novo que não se enquadre no Preâmbulo da CRP não é científica e objectiva. Resta saber se não será criminosa...

2. - É óbvio que qualquer outro ângulo de abordagem – que buscasse uma qualquer indefinida «neutralidade» - seria estranho a esse escopo de valores, não seria nem objectivo, nem científico, além de estar ferido de ilegalidade à luz da Constituição e da Lei;

É pelo menos ilegal...

3. - A conjuntura é a da família, dos objectos pessoais, da casa, das terras, da rua, da aldeia, da paisagem, da árvore, do banco, do carro, da Escola, do cemitério e da campa de Salazar. Os valores são o de «filho ilustre da terra», «o que fez de bom», «o que as pessoas querem ver». Estes são naturalmente valores de identificação claramente apologética, que excluem drasticamente qualquer abordagem objectiva do regime fascista de Salazar, naquela situação;

É evidente que se impõe uma revisão do Preâmbulo do Texto Fundamental. Para além do Fascismo de Salazar é preciso criar Dogma. Salazar não teve terra, nem aldeia, nem foi filho da terra. Nasceu de uma serpente e de uma cabra. A forma humana era para disfarçar...

4. “certamente poria Santa Comba Dão no mapa do saudosismo fascista e das excursões nada pacíficas dos «Skyn heads».”

Sei que a literacia não abunda naquela banda, mas não eram os tais “Skinheads” (é assim tão difícil) quem insultava a memória de Salazar atacando o luso-tropicalismo e a ideia da Nação Pluricontinental? Não são esses que dizem na tv “não foi para isto que fizemos o 25 de Abril”?

A URAF propõe a ilegalização de todas as propostas científicas que não se coadunem com a Constituição. É esta a liberdade dos amigos do Vasco, do Álvaro e da Odete. Liberdades de Abril, pois então!!!

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