segunda-feira, março 09, 2009

A Curta História de Duas Crianças Que Até Para Alguns Católicos Não Existiram Por Não Serem Desejadas

Há para aí uma campanha contra a Igreja pelo o facto desta ter intenção de excomungar quem auxiliou um aborto num caso de incesto e não ter excomungado o pai violador. Estranha-se que os que vêem o perdão em tudo queiram a excomunhão como pena para um crime onde há possibilidade de remissão e não aceitem a excomunhão (independente de ser pronunciada) para um dano, a morte de duas crianças, que é impossível de restituir sequer parcialmente. Pedem o afastamento da Igreja de um homem que cometeu um acto abominável, mas pedem indulgência perante a morte de duas crianças (se se é católico acredita-se nessa Vida), como se fosse uma santa acção. Aqui reside o problema. É que algumas pessoas acham que a hierarquia de erros que a Igreja condena deve ser feita à sua medida e à medida da cultura laica que é Mundo, determinando estes as matérias susceptíveis de excomunhão.
A excomunhão é a sanção mais grave do Direito Canónico e só nela incorre quem (basta ver os actos tipificados para tal) rejeita a Autoridade Espiritual da Igreja, como é o caso do que decide agir em ignorância do que é a Vida Humana. É evidente que uma violação (excepto uma violação ritual) não é matéria de Fé, sendo então o crime matéria civil e sendo a punição material, expiatória, matéria civil.
O facto de muitos proclamados católicos quererem uma Igreja à sua medida diz tudo sobre a sua adesão à Norma. Alguns há que dizem que nem sequer há Norma. Eu digo que nesse Deísmo não há Catolicismo.
Remeto-vos para Dom Lourenço Fleichman.

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