Uma Questão de Prioridades (II)
“4. Não nos pronunciamos agora sobre eventuais modos com que o Estado possa ir ao encontro dos problemas e aspirações das pessoas homossexuais. Rejeitamos, contudo, que a união entre pessoas do mesmo sexo possa ser equiparada à família estavelmente constituída através do casamento entre um homem e uma mulher, e o mesmo se diga de uma lei que permita a adopção de crianças por homossexuais. Tal constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio.”
É inacreditável como todas as preocupações da Igreja com a Palavra de Deus se desvanecem perante a omnipotência do Estado. Por um lado a Igreja rejeita a fecundidade física e espiritual das uniões homossexuais, mas aceita, como quaisquer outras, as aspirações dos defensores dos casamentos homossexuais (não confundir com os homossexuais, onde se encontra tanta gente de valor que não vai em carnavais e simulacros de amorosas relações judaico-cristãs…). Há qualquer coisa de doentio, e profundamente moderno, em tudo isto. Por um lado achamos que não devem ser dados venenos a pessoas com tendências suicida, mas depois encaramos como normal que o Estado legisle nesse sentido. Interessante.
Veremos se quando a Igreja debater o problema da Eutanásia, o Bem também será uma questão nominal ou questão de confluência de vontades. A Igreja então não se importará com essa prática, desde que mascarada de questão civil (a Vida é uma questão tão civil ou religiosa como a Família) e apresentada como Descanso Eterno, ou outro nome que faça esquecer o mal que lhe subjaz.
Esta Igreja não fala claro. O facto da primeira frase do ponto que cito ser claramente contraditória com o resto do mesmo, não é defeito… é feitio.
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