quarta-feira, março 04, 2009

Na Ignorância só há Joio…

Por aqui damos sempre brado de reflexões sobre o conservadorismo, por mais básicas que sejam. É o caso desta reflexão no Café da Insónia, que, apesar de muito fraquinha (responde a menos perguntas do que os buracos que tem) representa um dos mais comuns disparates do “conservador de café”.
Para além do desconhecimento absurdo de que de facto existe uma teoria conservadora, com os seus pensadores e obras imprescindíveis (o impressionismo chega a este nível), o seu autor permanece ignorante perante a diferença entre o historicismo-conservador, aquele que acha que o que “está” é o “real” e o conservadorismo que se baseia no que “é”, o conservadorismo ontológico. Perfilhando essa primeira opção, o autor entra na grande confusão de achar que o que temos na nossa sociedade é tradição, algo que nenhum pensador conservador ousou pensar, por saber que a solução é achar que o comunismo, o jacobinismo, o trotskismo ou o sacrifício de crianças, são tradições que interessa defender nas sociedades onde existem.
Diverte-me qualquer pessoa que ache que o conservadorismo é fundado numa “vontade visionária” (não foi o conservadorismo fundado contra a vontade visionária por Burke?!), mas quando o desconhecedor se arma em doutrinador e não percebe que ao defender o presente, qualquer que este seja, está a perfilhar o historicismo, (uma das nemesis do conservadorismo e suprema influência do marxismo), resta tentar perceber o que leva uma pessoa a julgar algo que claramente o ultrapassa?
Mais uma vítima do seu tempo…

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