sexta-feira, abril 18, 2008

Lição de Condução














Há uns meses, num almoço entre amigos, quase todos de pouca Fé, dizia-se que a escolha do Papa Bento XVI havia sido um erro. Ri-me. Evidentemente que os critérios que empregavam para o seu julgamento estava errado. Tinham por certo que Bento XVI seria um homem de cisões pela sua rigidez, um homem da “torre de marfim” pelo seu academismo, um homem de pensamento sem capacidade de gerar as ambiguidades que na “era do espectáculo” servem para obter adesões massificadas e circunstanciais.
O que é certo verificar alguns meses depois é o inverso. O Papa Bento XVI conduz. A Igreja está mais coesa, não sobre o artifício ou o afrouxar da Doutrina, mas pela sua proclamação mais firme. Para onde o Papa se volta há a certeza de um questionamento moral, não apenas aos católicos, mas a todos os homens. O pensamento não fica em Roma. Outros Papas (tantos no fim do século XX) cativavam pela personalidade. Bento XVI cativa pela palavra. Não agrega, conduz.
A visita do Papa e a sua condenação dos católicos abortistas, pedófilos e dos que cederam à tentação de mentir e encobrir crimes para manter a reputação da Igreja nos EUA, não é mais que a execução da mensagem da Verdade Cristã. Tudo começa dentro de nós.