terça-feira, janeiro 29, 2008

Atrás da Máscara da “Liberdade”

Há um ano atrás, este blogue recebeu um ataque nojento da parte deste senhor, dizendo que por detrás da Defesa da Vida estavam blogues disseminadores do ódio como este em que vos escrevo. Olhando para trás, o ataque só me poderia deixar orgulhoso por ver como a meia-dúzia de coisas que aqui escrevo, sobretudo sobre temas de filosofia e política, poderia escandalizar tamanhos defensores da liberdade, que encontram neste blogue literatura ofensiva. Há insultos que são medalhas.
À medida que mais nos aproximamos do 1º de Fevereiro, vou vendo as máscaras da Esquerda (há outra que não seja extrema senão pelos ditames da economia e da táctica prudencial?) em queda acentuada. Parece que o momento de iluminação atingiu o máximo e algumas alminhas pedem até estátua para dois defensores do delito comum como arma regular da política (ao bom estilo da Formiga Branca ou de um Miguel Portas e seus Verdes Eufèmios). Se nunca aqui se defendeu a violência excepto para o que se defende de uma ameaça proporcional e ilegítima, é curioso ver como os apóstolos da tolerância e da democracia se apressam a querer fazer de toda a acção criminosa que vai no sentido da sua luta, uma acção benemérita e até um marco da libertação, mesmo quando dirigidas a um Rei que estava nas mãos da elite que viria a desencadear a revolução republicana e que era conhecido por partilhar os seus “valores”.
É claro que a libertação é a que já conhecemos, o fim da imperatividade, nos espíritos e na comunidade, de todos os elementos que nos permitem compreender o que é bom e o que é mau, em favor de uma perspectiva que afirma que tudo é expressão do “eu” sobre o incognoscível. Se o transcendente é incognoscível, não vale a pena resistir aos poderosos e aos “senhores do mundo”.
Era isso que eles queriam, é isso que eles querem agora.

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