terça-feira, setembro 11, 2007

Não Há Festa Como Esta!





















Terminou anteontem, perante a complacência do nosso arco constitucional, mais uma jornada de apologia do Totalitarismo e do Genocídio de Massas. A receita deste ano foi mais grave e mais ilustrativa que o costume. Jerónimo garantiu-nos que o Comunismo é o verdadeiro humanismo. Fê-lo com denodo tal que levou a coisa a sério e resolveu explicar. Humanos são eles... Desumana é a Zita! Estranho humanismo este que decide afirmar quem é Humano ou não. O Humanismo comunista é o contrário dos outros que partem do que é comum à Humanidade para a sua teoria. Para Sartre era a angústia existencial do vazio, da ausência de Deus e de destino. Para os Cristãos a sujeição à Natureza que Deus para o Homem destinou.. Para Jerónimo a Humanidade de alguém é ditada pelo partido. É evidente que este é o mesmo raciocínio que presidiu aos gulagues e aos campos-de-extermínio, mas aquela multidão não aprendeu nada com o último século e é pouco provável que aprenda com este, também.
É sempre agradável quando se celebra a Revolução de Outubro ao som de Prokofiev, sorvendo uma Coca-Cola e alarvando mais um hamburguer de uma multinacional americana. Como disse o organizador do festival de apoio ao Totalitarismo, a presença de multinacionais (vulgo grande capital) na Festa representa apenas uma relação contratual entre uma empresa e um partido político.
E eu que estava convencido que todas as relações eram relações de produção...

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