terça-feira, setembro 28, 2004

Os Problemas da Democracia Liberal (VI)


Uma das mais perversas consequências da modernidade é o ódio liberal à política. A redução da nobre arte da política a um chorrilho de lugares-comuns é uma das suas mais sombrias faces, patentes em formulas vazias como “a democracia é o pior dos regimes, tirando todos os outros”, ou “a democracia encontra a sua raiz na decência”.
A democracia que se funda nestes pressupostos (que decência e essa, que regimes são esses que se apresentam como alternativa?) é a democracia liberal e popular.
A propósito destas reflexões e em jeito de slogan-resposta lembro algumas frases (estas com pensamento por detrás!) de “New Conservatives” sobre a Democracia Liberal.

“O Liberalismo Moderno não teve força para parar o despotismo em 1933, da mesma forma que agora não tem… é um convite ao suicídio!”

“O Liberalismo mina uma sociedade em que não acredita, porque não acredita em nada”

“O desespero disfarçado de humildade, a indiferença pavoneada como tolerância, são manifestações do espírito moderno”
John Hallowell


“Nenhum deweyano pode dar uma razão objectiva pela qual prefere democracia ao totalitarismo”

“Uma das marcas de decência contemporânea é ter vergonha de ser um homem do século XX.”
Eliseo Vivas

“Se no Liberalismo vence sempre a verdade, como é que foi na Alemanha letrada e democrática que surgiu o nazismo?”
Leo Strauss

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