Oh meu, não percebeste mesmo nada!
Há tempos li um texto de Joao Pereira Coutinho que abordava a Europa e a forma como se formou o nazismo e os extremismos nacionalistas (colocando tudo no mesmo saco).
Para alem de evidentes problemas da sua interpretaçao, como a identificaçao do iluminismo com um fito platonico (vai la ler o Rationalism in Politics do Oakeshott, de que gostas tanto e ve se ele diz o mesmo…) e de alguns problemas sintaticos, ficou esta reflexao:
“E, escusado será dizer, a ideia de “singularidade cultural”, defendida por Herder em oposição ao universalismo iluminista, resvalou rapidamente para o ódio racial e para o nacionalismo extremo – uma bela dieta que o jovem Adolfo acabaria por ministrar à Humanidade.”
Conhecesse a obra de Herder e saberia não existir nele qualquer racialismo. Herder defendia acerrimamente os Judeus Germanicos, de lingua yidish, pelo facto de esta ser uma evoluçao germanica da lingua semita… Considerava os um dos mais nobres e importantes povos germanicos.
Pior ainda, não compreendeu o nazismo (ou seja, tem de voltar a fazer Historia do Pensamento Politico III) e a sua rejeiçao do nacionalismo. E facil compreender que esta confusao beneficia os inimigos do nacionalismo.
O nazismo faz um apelo a raça e não a naçao.
E facil compreender o que digo atraves da iconografia e vexilogia nazi. A suastica não e um simbolo nacionalista. Nas bandeiras e estandartes do Reich a Aguia Imperial Alema segura a suastica. O Imperio e apenas portador da Nova Ordem, do Homem Novo que matou Deus e a moral, que se sujeita apenas ao sangue e a raça, personificados no Fuhrer.
“Quem e simplista não e digno de se ocupar daquilo que não e simples”…
Etiquetas: Modernidade, Nacionalismo
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