quinta-feira, julho 22, 2004

O Maior Despotismo
 
Hoje não há duvidas, não há incertezas. O Super-Estado Europeu não quer saber de Justiça, não quer saber de Verdade. Essa Europa, mentirosa, arroga-se de ser a portadora dos valores europeus. So reconhece a cultura moderna como fonte do seu pensamento, desconhece a outra Europa. Há Europa para alem da Uniao. Eu diria mais, so há verdadeira Europa onde essa absorçao moderna não existe!
Substituiu-se a pluralidade das formas cristas de vida, por uma Religiao dos Direitos Humanos (essa grande e falsa populista, de origens na abjecçao iluminista!), trocou-se a virtude pelo consumo e liberdade desregrada, tomou-se a Paz onde havia Bem.
 
Esta ate poderia não ser uma ideia tao abjecta, se a Uniao mantivesse a sua funçao meramente economica. Não seria assim a imposiçao de uma moral ou de uma justiça ilogicas, como essa dos DH, que concede limites e direitos eternos, mas que apenas podem ser cumpridos por algumas sociedades… O Homem que se caracteriza pelo ter (veja-se a quantidade de vezes que vemos nas noticias jornalistas e entrevistados a dizerem que por terem habitaçoes degradadas, poucos rendimentos ou instruçao, não tem um vida condigna), e não pelo ser. Que vertigem e esta que define o Homem pelo seus meios e não pelos fins? Um Homem  que e deixado a deriva moralmente, a quem se diz, desresponsabilizando o Estado e a sociedade, cria os teus proprios fins (ainda que eles possam ser auto-destrutivos, individual e colectivamente).
 
Por isso sempre defendi a Turquia na NATO e na UE. A UE nunca foi uma partilha existencial, mas uma associação, provisória e instante, de defesa dos nossos “interesses” (e não do nosso Bem), de cariz economico e material. Mas nas sociedades liberais a politica e a materialidade, e força da imposiçao. Por isso e que Napoleao sabia que tinha de propagar o Iluminismo, substituindo a Justiça pela capacidade efectiva de dominio! O dominio e assim justificado pela obtençao de autonomia individual, relegando para o dominio do “mito” e da “religiao” qualquer ideia de justiça partilhada.
 
E aqui foi Portugal, aqui sera Portugal! Uma ideia de Bem, de continuaçao, de Identidade Portuguesa. Mudando os meios para preservar os fins. Os fins que nos enobreceram ao longo da Historia, que justificaram as nossas falhas. So essa verdade politica, esse “cumprir” o Homem, pode justificar-nos… So a nossa sede de Bem podera redimir-nos.

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