terça-feira, julho 20, 2004

As Confusões Costumeiras
 
Foi o descalabro democratico do costume. A Democracia Portuguesa, escondida nos lugares-comuns que idolatra, voltou a demonstrar todos os problemas que a caracterizam.
A tomada de posse do novo Governo voltou a ser uma anedota de desconhecimentos e sobreposiçoes de competencias.
Começou com o PR a sindicar opçoes governativas, como se fosse competencia sua. Como se o Governo lhe tivesse de prestar contas da acçao governativa. Esta ideia, inconstitucional, atingiu o auge quando afirmou que este governo seria um sucedaneo do anterior, o que teria meramente como objectivo a justificaçao da decisao tomada dias antes. A bajulaçao a oposiçao prosseguiu quando afirmou que um dos mais importantes modos de controlo da actividade governativa seria a oposiçao. Parece desconhecer em absoluto que e ao Parlamento que compete executar essa funçao (em materias de não-exclusividade do executivo), e que a ordem juridico-politica portuguesa não executa distinçoes entre bancadas de governo e oposiçao (excepto no Regimento da AR em materias procedimentais).
O PR quis brincar aos arbitros sem para isso ter Poder, ou carisma!
O resto foi o costume, profissoes de fe democraticas, o individuo acima do Estado, a defesa dos Direitos Humanos… Todo esse desfilar de ideias vazias!
Santana recorreu ainda a esse ultimo reduto da sofistica, a moral democratica, da qual afirma não abdicar. Faltou explicar que moral e essa… A Ditadura das maiorias? A Amoralidade do regime? A Lei fundada no consenso de alguns?

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