Confundir Nação e Povo
É frequente ouvir-se na televisão que Hugo Chavez é um político de esquerda e nacionalista. A coisa passa muitas vezes na televisão e até apanha alguns incautos que julgam ser verdade o que ali se diz. Estes que vêem armadilhas em tudo, não vêem a casca de banana que foi largada a seus pés... Adiante!
O nacionalismo de Chavez é mais um logro que cumpre a dupla função de o tornar impopular e de afirmar que os nacionalistas pertencem a esse bando de “comunas”.
Para além do mais, Chavez não é o que se possa considerar um nacionalista, uma vez que no seu léxico a Nação não é mais do que a vontade e os interesses de um grupo social, impostos a todos os outros, tentando tornar a sociedade numa imensa massa popular e igualitária e onde o próprio referente moral é determinado pelos governantes, em prol da classe oprimida. Ora, isto não tem nada de nacionalismo, mas de populismo. Este pensamento pertence a uma escola jacobina de que o nacionalismo português nunca comungou. Nem sequer o fascismo ou o nazismo possuíam este cariz popular. Tinham como horizonte utópico e através da acção estatal, o objectivo de criar no povo as virtudes que os tornassem “senhores”. Se se pode afirmar que o Fascismo e o Nazismo têm caracteres de Direita, será apenas por este aspecto originado na “Revolução Conservadora”.
A política implica uma escolha e há escolhas que até são bastante simples. Ou se escolhe Chavez, ou Salazar, ou Hitler, ou Mussolini. Só na cabeça dos ignorantes e dos malevolentes a coisa é toda a mesma. Ou se percebem as diferenças entre as coisas, ou se faz a escolha de que isso não interessa... A pior escolha de todas.
Etiquetas: Nacionalismo
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