O Regresso do PP
Se alguém na Direita tinha esperança no regresso de Paulo Portas pode-se desenganar. Portas mostrou a sua verdadeira face. A direita de Portas é uma direita mediana, porque quer ser das classes médias, um centro-direita, porque quer ser de centro e apanhar os nostálgicos, uma direita do Poder, porque não conseguiu retirar da rapaziada a ideia de que há coisas mais importantes do que andar lá em cima.
O maior problema é o reenquadramento sistémico. O aborto passou... para alívio dessa direita do Poder que em nada acredita. Agora têm o caminho livre para marcar o fulcro da direita nas liberdades do mercado ou em qualquer outra treta de ocasião.
Vamos regressar ao PP do Governo. Um partido sem programa, um “catch-all” com o horizonte a 10%, sacrificando-se às frivolidades da gente banal.
No dia em que Portas se foi embora já sabíamos que voltaria assim. Deixou Ribeiro e Castro, que havia sido o maior defensor do soberanismo e da integração num bloco conservador-anti-federalista, preso à banalidade e disciplina do PPE. Deixou os militantes com o gosto do Poder na boca. Deixou muitos a sonhar ser o seu número dois, lugar que dá direito a Ministério num máximo de quinze anos.
Voltou sem razão e sem programa, a contar com os telejornais.
Etiquetas: Direita
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