quinta-feira, dezembro 28, 2006

A Cosmopolis





















Um dos grandes chavões do nosso tempo é que a Globalização está a gerar uma sociedade cosmopolita. Confundir os sonhos com a compreensão é um dos vícios da tal ideologia que finge não existir, que se disfarça no povo na sua máscara de banalidade e que muitas vezes é adornada pela ideia de que se está para além dos debates políticos do tempo.
Não sei se falo por todos os “irracionais” de “espírito inquisitorial”, mas não posso deixar de indagar onde estará o Grande Inquisidor do Estado de Direito Universal. A existência de tal Estado terá de incluír uma definição de crime. É aí que falta a pólis da cosmopólis. Os que confundem a soma de individualidades com o Estado não podem senão incorrer nesse erro. São os mesmos que querem tribunais de cidadãos, onde imperam individualidades, a tribunais onde imperam normas. São os que querem colocar os Estados nas mãos dos proto-Louçãs que agora enchem os cursos de Direitos Humanos de universidades sectárias, onde se dá deontologia e não Filosofia. São os tais que acham que a Maçonaria não é uma religião e que a neutralidade vazia é uma virtude.
Quem irá excluír a “sharia” da Cosmopólis? Que inquisição irá dizer-lhes que a sua lei se aplica apenas aos que a desejam?
E que lei é essa que vincula apenas os que a desejam? O que faremos aos homicidas que se consideram no direito de escolher livremente o que são vidas e o que não são?
São as comunidades políticas a forma mais elevada do Ser nesta vida terrena, porque ou são universalistas, ao serviço do Humano (e não com a sua réplica amputada Humanitarista), ou não o são. Quadrilhas de ladrões no V Império da unidade vazia.
Antes da mistura vem o ingrediente e a minha Cosmopolis não é deste mundo...

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