Caro Manuel Brás,
Gostei bastante da sua resposta, sobretudo por não ter caído num tom acrimonioso de quem não aceita uma crítica. Uma lição para muitos “grandes democratas” que por aí andam… Calculo que saiba que não morro de amores pelo Neoconservadorismo, não por qualquer ódio a grupos sociais ou credos religiosos, mas por ser um ideário que não tem qualquer resposta para as questões essenciais do Ser Humano ou da Política. Dito isto:
Os líderes que o MB referiu são líderes de conservadorismo duvidoso. Em nenhum dos casos que referiu existe alguma coisa que não seja a ideologia de Partido Popular, movimentos que não têm ideias próprias (concepções de justiça, de Bem, de Moralidade), ou que se colam a Liberais (para a concepção jurídica de indivíduo como fundamento da sociedade) ou à Social-Democracia (no que respeita à distribuição de prestações sociais e a concepção de Estado). E de facto Blair é mais conservador que os ditos “Populares”… mas é conservador num sentido “novecentista”. Um Utilitarista de forte pendor social. Nada a ver com o Conservadorismo Clássico…
É por isso que me suscitam tantas dúvidas os que querem capturar as facções conservadoras da sociedade com um discurso conservador-liberal, pois, como é fácil ver, algum terá sempre de ser preponderante.
Esse é o ponto que me parece ser essencial. Só daí se poderão compreender as posições da Nova Direita (ou Nova Democracia) que realmente fazem a diferença:
Se o mais importante é o indivíduo, no que é que se sustentam essas noções de indivíduo? Quais os limites à Democracia e em que é que estes se sustentam? A Constituição tem limites que não sejam o sufrágio? Quais os limites do Político e do Social?
Sem clarificações destes pontos toda a discussão é estéril ou mera ocultação.
Quanto a Strauss...
Etiquetas: Conservadorismo, Direita, Modernidade
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