quarta-feira, novembro 09, 2005

Pátria Pateta

Foram sem dúvida caricatas as declarações de Manuel Alegre sobre a Pátria.
Num dos momentos humorísticos que vão sendo hábito na candidatura do Pateta-Alegre, o sujeito quis vender a ideia de patriota, soberanista e protector da Constituição, ideia que vai ganhando forma e que se vai começando a sedimentar no jargão político português.
Resta saber onde estaria Alegre no momento em que foram aprovados os tratados internacionais que remeteram a soberania nacional para uma existência residual.
Resta também saber onde estaria Alegre no momento em que se procedeu ao “orçamento limiano”, o mais grave atentado à ordem constitucional e violadora do espírito da dita (nomeadamente ao estruturante artigo 152º nº2).
Suspeito que tenha suspendido o seu mandato, votado contra, abandonado a votação...

No que respeita à Pátria o exemplo de patriotismo é Álvaro Cunhal.
Sim, esse mesmo! O que deu laudas à Primavera de Praga, até ter recebido ordens de Moscovo, passando assim a ver a acção como uma vergonhosa subversão do marxismo-leninismo. O que defendia o internacionalismo proletário na Europa, mas defendia os tribalismos-racistas assassinos (dos seus compatriotas) em África. Exactamente o mesmo indivíduo que apodava de antidemocratas todos os que se lhe opunham, sendo ele próprio um defensor do modelo leninista. O sujeito que ofereceu os ficheiros da PVDE a uma potência que lançou fogo a meio-mundo!
O tal que agora todos dizem ser um exemplo de coerência...

Etiquetas: