O Nortenho Montaignista e Outras Histórias Antigas
O Buiça parece o Montaigne que, após ver a variedade das formas de vida no mundo salta para a conclusão de que não há verdade, que é mais importante conhecer os processos de conhecimento do que os objectos.
Também existem muitas formas de executar operações matemáticas e nem por isso deixa de existir um raciocínio lógico que permite aferir a sua validade ou invalidade. Isto é óbvio e demonstra que esse argumento não é um argumento, mas propaganda!
Não, Buiça, nem todos os portugueses das ex-colónias lutaram contra Portugal! Foram abandonados pelos portugueses de cá. Os portugueses tinham obrigações das quais não podiam prescindir… Da mesma maneira que o Estado português não pode prescindir de qualquer cidadão! Essa ideia de que os angolanos queriam ser independentes tem a mesma veracidade que a afirmação de que os portugueses da metrópole ansiavam pelo socialismo…
O que o Chesterton afirma sobre as nações é que toda as discussões sobre as origens tribais das nações são irrelevantes. O que interessa são as tradições culturais…
Chesterton diria certamente que a nossa cultura está ameaçada… mas não me parece que estaria preocupado com a cor dos olhos ou a tez da população! O argumento de Chesterton é precisamente que a Nação e sua cultura foi o factor de integração (deValera, Burke (anteriormente deBurgo), Nagel (deAngelo), são todos nomes de imigrantes na Irlanda que se tornaram famílias tradicionais e influentes na Irlanda)… O que temos de assegurar é que existe de facto essa aculturação! Para isso é fundamental evitar uma imigração massificada e evitar o estado multiculturalista (salvaguardando as diferentes culturas no seio de uma sociedade, num mesmo telos).
Depois existe a questão da análise de um pensamento…
Mas tal análise pressupõe no objecto uma coerência que não se compadece com o diz e desdiz, que é niilista à segunda, pagão à terça, liberal-clássico à quarta. Requer um pensamento ou um qualquer escrito em que se explane uma perspectiva...
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