quinta-feira, junho 03, 2004

De Maistre e o Mundo Sincero

Ria-se sempre das novas abstrações. A soberania popular era para si uma nova mentira que padecia de toda a debilidade da Modernidade, a falta de inteligência e visão.
Substitui-se o homem pelo Homem, ocupando o criado o papel do Criador, sem perceber o que com isso sucederiam todos os tipos de flagelos que as Religiões Políticas do século XX trouxeram, com base na discórdia e na religião da Discussão que é o Liberalismo.
De Maistre entristecia-se com os governos populares. Sabia que suas mentiras só eram no interesse dos poucos ascendentes. Que Homem era esse, que não era servo, não era português, inglês ou francês? Homem assim não podia compreender a obediência, porque não se considera pertencente ao mundo…
Quantos homens podem afirmar que são senhores de si próprios? Contudo a libertação do Homem era feita nessa premissa. O mundo de De Maistre queria a libertaçãao face ao sofrimento e ao vazio… sem ter para isso que mentir. O homem é destinatário do Poder e isso deveria bastar.
Ninguém pode ser senhor de si! Essa é a sinceridade que falta ao Liberalismo!

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