quarta-feira, julho 15, 2009

Eu não tenho problemas com Henrique Raposo e até gosto de atrasados mentais...

Henrique Raposo é o meu tipo de idiota preferido: o néscio.
Como desconhece tudo o que não lhe tenha sido enfiado na cabeça por qualquer de seus mestres, acha que atingiu o cúmulo da sabedoria, permitindo-se, sob a capa da iconoclastia, dizer todo o tipo de disparates. A sua maior ignorância: não conseguir sequer perceber que gente mais capaz, mais esforçada, mais inteligente, não cabe nos rótulos idiotas que ele, homem de leituras apressadas e superficiais, resolve criar para o seu (e dos seus aspirantes a acólitos) mundinho confortável.
O Papa terá certamente muitos defeitos, mas não será, seguramente, nem um intelectual saído de máquinas partidárias, nem um estudante apressado de RI, nem alguém que se pronuncia por ter lido Marx ou Hayek. Seria preciso que alguém se desse ao trabalho de explicar o que é a DSI ao rapaz, explicando-lhe a sua ancestralidade, a forma como o Cristianismo baseia a sua compreensão do mundo num conjunto de premissas escatológicas e acima de tudo, que o mundo não se divide, ao contrário do que a sua depauperada compreensão imagina, entre os que defendem a sacrossantidade da propriedade e os marxistas. Esta dicotomia é o mais perfeito retrato de si próprio e da alarvidade em que se escondem as suas certezas.
A forma como HR que acha que o "dar a César o que é de César" é um salvo-conduto para a iniquidade e injustiça política, não chega a ser infantil. É apenas uma demonstração de como um miúdo armado em esperto se pode julgar capaz de, com quadros pueris e total desconhecimento dos princípios da cultura ou posicionamento que pretende avaliar, proferir sentenças sobre coisas que o transcendem.
Uma lição de democracia. Vai longe!