quarta-feira, julho 02, 2008

Monomanias e outros defeitos














Há uma diferença entre este aspirante a plagiador de baixo QI e outros plagiadores de índole mais profissionalizada. Este fala sobre livros e artigos que leu e dá os links para a recensão da New York Review of Books e até para o artigo que supostamente plagiou. Outros lêem recensões da NYRB e escrevem artigos (sobre livros emprestados...), não referindo a fonte. Já não percebo nada disto! Plagiador é que cita, ou o que não cita? Sobre plágios, ficamos conversados...

Também recorrente no segundo tipo é a projecção que faz de si nos outros. Acham que os outros escrevem para fazer frete a terceiros. Habituados a uma racionalidade instrumental, subordinando a razão aos desejos mundanos, acham que só por encomenda alguém pode escrever algo que os contradiga, uma vez que é esse o critério que lhes conduz a acção. Daí imaginam amplas reuniões de trabalho onde um sujeito encapuzado distribui sinistras missões a bloguistas de serviço. Para teoria da conspiração não está mal, mas para quem se diz guiado por elevados padrões morais, avançar que pessoas, que não se conhecem, se encontram a soldo de outras (vá-se lá saber quem...) é um toque infeliz. Uma mancha que só parece atingir os que têm uma referência moral extrínseca.

A utilização da imagem e do título é o toque final de “finesse”. Ataca-se como revisionista uma pessoa que afirmou não concordar com a tese exposta no referido livro “revisionista”, que já escreveu amplamente sobre a natureza do regime nazi e a quem é reconhecida a intolerância com esses erros. Dir-se-ia que o autor do ataque só conhece um tipo de insulto e um tipo de caracterização do oponente, mas tal é impossível dados os enormes recursos intelectivos da pessoa em questão. "Saber" não é o mesmo que ser "sabido".

Ao contrário do que diz o Jansenista, não me parece que o problema seja de QI. Não sei de onde surgiu a ideia de que o insultei. Denunciei apenas a obsessão de uma pessoa que vê nazis e revisionistas em todo o lado e que por isso tomou Pat Buchanan, um respeitado comentador político americano, por George L. Rockwell ou David Duke. Uma confusão que se poderia compreender em pessoas menos ilustradas ou em bloquistas mais exaltados, mas não em pessoas educadas, eruditas e de elevado QI.
O problema é de “ego” quando um reparo é tido por insulto, mas passa a ser de “alma” quando se reduzem os argumentos dos outros a meros obstáculos no caminho do próprio “ego”.

A educação é muito mais que a escolha de botões-de-punho...