terça-feira, outubro 23, 2007

Da Servidão à Bovinidade















Libertos da pressão moral de séculos de História, de instituições antigas, de deveres comunitários, a Europa surge como a grande libertadora. É feita para consumidores, para os calculadores e economistas de que Burke falava e para ser terreno de cultivo para as alimárias que vão pagar a coisa toda. Se o mundo é para os espertos, a Europa é ainda mais terreno fértil para todo o tipo de demagogos, acenando cenouras francesas às costas dos burros com terrenos com subsídio de incultivo que pagam a viagem. O Povo que quer a TV Cabo com subsídio, que acha que a vida dura se pode adoçar com o afogamento pré-natal da prole, que acha que o direito ao trabalho lhe vai dar alguma coisa para além de palha, não merece mais.
A Europa é para o tipo que vai ao cinema ver um documentário sobre gajos que gostam de fazer sexo com animais e diz que vai dali mais rico por conhecer outras maneiras de pensar. A “Unidade na Diversidade” fez-se para ele e para neste fazer germinar o hábito de acusar toda a pessoa que tenha um critério do certo e do errado, como perigoso juíz e inquisidor.
Até os mitos fundadores assentam ao povo como uma luva. A Revolução Francesa e as suas proclamações de direitos vieram acompanhadas das cabeças empaladas dos seus semelhantes e das máquinas de matar que bem conhecemos. A única esperança é obedecer. Na Europa de hoje há pessoas que se podem discriminar (os que incorrem em crimes), mas não existe uma linha de pensamento que permita distinguir o lícito do ilícito. Está nas mãos da maioria ou dos seus representantes determinar quem é criminoso e quem não é. No meio de tudo isto o “rule of law”, a defesa de leis imparciais e que não sejam passíveis de aproveitamento para oprimir a outra parcela da população, ficam como leis não-santificadas pela populaça. Coisas de fascistas, portanto...

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