sexta-feira, junho 01, 2007

Conservas

Sinceramente não percebo os Conservadores portugueses. Há poucos, mas a maior parte são bons, talvez por serem dos poucos que se deram ao trabalho de escapar à vulgata abrilina. O problema é não saberem o que querem. Há tempos li no Cachimbo um texto do Miguel Morgado sobre Jouvenel a propósito da questão. Vem bem a propósito...

"nós somos (e queremos ser) mais ricos, mais poderosos, numa palavra, mais prósperos, em vista de quê?"

Se os conservadores terminarem por aí e não tentarem a reconstrução dos critérios que lhes permitam compreender as normas que irão enquadrar a vida humana, as leis, os mercados, ficarão sempre como uma ideologia da dúvida, um factor de correcção do liberalismo, mas nunca serão proposta de sociedade autónoma.
Retenho do texto pontos que considero importantes e pouco modernos e liberais, como é o caso do carácter natural da comunidade, o contrato eterno em que esta consiste, e da manutenção das concepções clássicas e cristãs da boa vida e boa sociedade.

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