quarta-feira, maio 23, 2007

Horrorizados
















Não tenho paciência para o Pires de Lima, mas tenho ainda menos paciência para os que o criticam e depois defendem exactamente a mesma coisa. O homem é infeliz, mais uma daquelas mentes simples que acham que o grande problema do Estado é não ser governado como uma Empresa. Não se percebe, porém, como num partido rendido aos “problemas das pessoas” e restante “banha-da-cobra pragmático-tecnocrática” tal visão pode ser considerada marginal. Sem um ideário como é possível determinar o que é fracturante ou o que não o é? É fracturante, e portanto indesejável, o que emperra a máquina e prejudica a obtenção do bem-estar material das populações? Ou é indesejável o que vai contra as concepções sociais dominantes? Será indesejável uma acção que vá contra os princípios cristãos da sociedade? Ou será que Pires de Lima tem razão e a sociedade pode fazer o que quiser com a sua lei?
No caso da primeira será utilitarista, no caso da segunda será popular, no caso da terceira conservador ou democrata-cristão, e no caso da quarta será liberal.
Será que o CDS é tão nulo que já nem sobre isso tem posição?
Vamos ver quem ganha este concurso de nulidades tecnocráticas, visto que agora até no PSD se fala em “mudanças profundas” para ficar tudo como sempre foi...

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