quinta-feira, maio 17, 2007

Acção Portuguesa









Qualquer Nacionalismo não ideológico significa o regresso à essência da comunidade. Numa comunidade com muitos séculos de história significa conservar as coisas boas e limitar o mal que nelas se encontra. Uma Tradição é sempre a defesa do Bem que se encontra na história e a tentativa de o manter vivo. Reaportuguesar Portugal é o signo desse desígnio e dessa acção.

O grande problema dos tempos que vivemos não se encontra nas contas, nos erros do Modelo Social ou na venda de Portugal ao estrangeiro. O problema está no sistema de valores que permitem todos os erros que sucessivamente têm vindo a afundar Portugal.
O problema é essencialmente moral, porque na nossa sociedade prevalece uma ideia de conflito social propagada por décadas de socialismo, social-progressismo e por muitos anos em que os homens de bem nada fizeram.

Sem uma ordem política e uma nova Constituição, contra as lutas de classe, as ideias de que uns devem sustentar os desejos e os estilos de vida alternativos dos outros, de que tudo é negociável no mercado da democracia, de que a diferença entre a defesa do mal e do bem são meras questões de perspectiva. Tudo isto porque se perdeu o critério e o método de compreender a evolução das sociedades de modo a que se possa encontrar a medida onde a justiça e o interesse comunitário existe.

Nesse ponto os Cristãos têm um papel preponderante, mas não único. Todos os que compreendem a impossibilidade de estruturar uma ordem em algo mais do que a mera funcionalidade (com as catástrofes morais a que esta conduz), a ideia de que a vida comunitária e as leis que as governam devem provir de um diálogo interno sobre os bens e a virtude da comunidade, terão possibilidade de participar nesta reflexão e na regeneração da comunidade política, por compreenderem que a experiência histórica e o saber contido nas tradições de vida comum são um elemento fundamental na compreensão do que é a Justiça.

Começar esse trabalho só pode passar por mostrar as diferenças entre uma sociedade onde não existem normas externas e uma que busca a obtenção de bens que não são materiais. Mostrar o carácter essencial da verdade é só o primeiro passo, mas é o passo decisivo.