segunda-feira, fevereiro 05, 2007

A Moralidade da Lata





















Impressionante a forma como o SIM tem atacado nos últimos dias. O disfarce é perfeito. A direita é moralona e a esquerda é livre...
Louçã diz que o NÃO não tem vergonha ao condenar as mulheres. Eu digo que não tem sido sem-vergonha o suficiente na defesa dos direitos das crianças que não nasceram.
Há “nãos” que são inválidos, porque são o SIM encapotado. Porque não há dinheiro no SNS, porque a pergunta é mal feita, porque faz mal à saúde... Tudo SIM, mas ainda NÃO.

Não estou a dizer que a campanha do NÃO tem sido mal feita. Tem sido muito bem feita, com calma e ponderação, como mandam os dias em que vivemos. O que não existe é, como base de sustentação, uma forte posição que mostre a verdade. Mas até nisso a campanha tem sido bem conduzida, que estas semanas não são a altura para os milhares de indecisos começarem a cursar bioética ou aceitarem as verdades do Cristinanismo que toda a vida desprezaram ou dobraram às suas vontades.

Francisco Louçã acha que o NÃO é imoral. Ele que não acredita na moral. Ele que sempre disse que rejeitava juízos de valor. Francisco Louçã fala de vergonha, mas de tanta retórica nunca ouvi falar sobre a sua proposta moral de definição da Vida Humana. Esta, infelizmente, não existe, porque se encontra apenas na cabeça de cada um.
Moral de homens de coração de lata.

(não publicado no Pela Vida por incompatibilidade de versões do Blogger)

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