Os Filhos de Licurgo
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É fácil ver onde isto vai conduzir.
Por um lado, à identificação completa da Nação com a satisfação de necessidades, num primeiro momento, e de caprichos e interesses privados, num momento posterior. Por outro lado a ideia conduz a uma ingovernabilidade, ou pelo menos, à impossibilidade de um governo que não seja de facção. Este governo de facção, seja ele dos muitos (democrática ou socialista) ou dos poucos (oligárquico ou burguês), é a antítese de um governo justo (recto e natural). Governar passa assim a ser a ousadia de vender a coisa pública aos privados. E de vender uns privados (os ricos) para sustento dos muitos (a turba). Daí que a formação do socialismo seja a destruição da Nação, como algo mais elevado. Ainda que se mostrem “estandartes” antigos e respeitáveis, um nacionalismo mesclado com estas ideias, não só é impotente (impede a realização da sua própria essência), como é uma falsidade (porque não é um regime correcto, no interesse da comunidade e seus princípios, mas uma afirmação privada).
Perde assim a sua identidade e torna-se outra coisa...
E perde a sua capacidade de agir, ficando marcado pela efemeridade da satisfação material da turba.
Etiquetas: Direita, Modernidade, Nacionalismo
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