terça-feira, janeiro 24, 2006

Ilusionismos

Alegre não tem expressão no PS.
A sua expressão no eleitorado nas Presidenciais prende-se com o protesto anti-Sócrates, com a péssima escolha de Soares e com a capacidade de gerar simpatias com um apelo aos ideais da I República.
Sócrates não corre qualquer risco interno, não só porque o PS não é o “saco de gatos” do Labour de Blair, como porque os seus militantes não têm o mesmo poder que os MP´s de extrema-esquerda dos trabalhistas. O presidencialismo do PM é mais centralizante, mesmo internamente, do que um regime parlamentar...
Viu-se bem que o PM possui uma liderança incontestada no seio do seu partido quando muitos dos barões do PS retiraram o apoio a Alegre com um simples acenar de Sócrates.
A estratégia de Sócrates será, face a esta ameaça (irreal), legitimar-se, tentando assim, sem grandes riscos, reconquistar alguma autoridade no seio da opinião pública.
Ganha tempo fundamental para as restruturações ministeriais.
Mas ainda pode correr mal!

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