Ainda
Estranhamente apareceram algumas pessoas que não perceberam o último “post”.
Não se trata de nenhuma novidade. Continuam a preferir uma dicotomia simples, como se só existissem duas posições.
Pelo contrário. A minha posição continua como sempre.
Vejo a imigração como um problema, seja ela branca, preta, vermelha ou amarela, mas um problema cultural. A nacionalidade como algo que deve ser restrita, mas não estanque (como muito bem viu o JSarto no seu último “post”.
Não me revejo, de forma alguma, com o discurso do BOS no Euronat, em que fala em nome do PNR na defesa de uma imigração e de uma identidade portuguesa estritamente europeias. As críticas ao multirracialismo de Salazar (que vão contra toda uma existência secular e que coincidem com a concepção racialista dos esquerdistas da 1ª República) demonstram bem a natureza e origem desse discurso…
Como ficou bem explícito no texto anterior a problemática das migrações é cultural. O problema da imigração é a rejeição dos portugueses em viverem segundo a sua cultura e não disporem, por isso, de um critério que os permita avaliar aquilo que é estrangeiro. O problema dos emigrantes não é a sua cor, mas a ausência de pontos em comum com a comunidade portuguesa. Algo que é ultrapassável com convívio, educação e hábito. Algo que foi exemplar nas comunidades goesas, em que a assimilação e a criação de uma especificidade cultural própria é um dos momentos mais ricos da cultura portuguesa.
Como bem focou o FG Santos, o que nos interessa é Portugal. Não vemos Portugal como uma subdivisão da Europa ou dos povos Indo-Europeus…
Não vemos Portugal como uma sub-cultura Europeia, porque a ideia de Europa é posterior à nossa existência como Nação.
Só queremos Portugal.
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