terça-feira, novembro 23, 2004

Socialismo, Não Obrigado!

Uma das ideias que urge combater no século XXI é o Socialismo.
Basta observar a história dos últimos séculos para constatar a sua nefanda influência para os Povos, material e espiritualmente.
Realce-se que não se toma como socialismo a capacidade redistributiva do Estado (que se revela em qualquer obra pública, sempre de cariz social), mas toda a ideologia que faz a apologia da satisfação dos indivíduos como supremo fiel e ideologia do Estado.

Qualquer ideário Português para o século XXI terá de compreender a ameaça socialista a uma justiça portuguesa.
O objectivo de qualquer Estado Socialista, Social-Democrata e das “seitas” gnósticas de cariz republicano e étnico, é a satisfação material do Homem.
Nenhuma estabilidade poderá daí advir. Nenhuma estabilidade nem nenhum Bem.
Observemos.
Postular o Estado como propriedade dos seus membros, ou seja a “soberania popular”, implica que este esteja vinculado aos seus caprichos, implicitamente dependente da sua “vontade”. Fica assim o Estado amputado da sua principal função, a dotação da sociedade de Justiça. Se a Justiça é uma mera expressão da vontade social não possui qualquer carácter imparcial… Sem este carácter imparcial, significa apenas (o que é perfeitamente normal para a ideologia liberal) que o Estado é o local de conflito dos cidadãos. Nenhuma solidariedade política poderá daí advir, nem daí se gerar uma sociedade de permita o desabrochar de “virtudes”. Até porque numa sociedade deste tipo a “virtude” é a submissão à tirania do “maior número” que conduziu ao fim de Weimar, numa incessante espiral que acaba sempre por incorrer na sofística e na catástrofe.
Da mesma forma, a virtude governativa deste sistema “parcialista” do Poder é a capacidade de encontrar apoio no poder social, os socialistas encontram no poder dos muitos (na cobiça), os liberais no poder dos mais produtivos (no desejo).
Assim se passa à venda do Estado, à guerra que observamos nos Estados Unidos, em Portugal, em Espanha e continuamos, alegremente, a olhar não para o benefício de todos (alguns até dirão que isso não existe), mas para as “benesses” privadas que estes geram (como se estas benesses privadas não tivessem tido as repercussões para os indivíduos que se viram nos défices socialistas e na recuperação mal-sucedida).
Significa isto que a boa soberania, a que é de TODOS, só pode residir em “fundamentos” e não estar sujeita a leilão e aos desejos individuais.

As implicações para os outros pontos são evidentes. Um Estado que funda a sua legitimidade na satisfação material dos seus “cidadãos” está sempre em cheque. É o mesmo que um sujeito com um amigo interesseiro, que ao ver esvair-se a fortuna do “rico” deixa de lhe falar. É a visão mais nefasta que se pode ter do Estado, uma vez que impossibilita os laços de amizade política que sejam permanentes. Em caso de carestia o Homem revolta-se contra a comunidade política, provocando a impossibilidade qualquer coisa perene, duradoura, imaterial, como é a Justiça.

Uma Justiça para o futuro só se poderá fundar nas virtudes de espírito e nunca numa sociedade “atomizada”, onde indivíduos lutam por direitos imerecidos e os governantes empenham o futuro da “comunidade política” para se eternizarem no Poder.

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