terça-feira, novembro 30, 2004

Phronesis

Quem compreende a “política” tem de compreender que toda ela se move através do compromisso. O compromisso implica omissões, implica silêncios, implica palavras, implica acções. Sabendo que essa é a sua natureza e sabendo que “estamos sempre a fazer política”, inclusive neste blogue, é preciso que se entenda o sentido das posições dos homens.
Um posicionamento é sempre algo dinâmico, algo dependente das circunstâncias, materiais, humanas, espirituais, que é por natureza o domínio da prudência.
A prudência é a ara dos ideais, onde se sacrifica o acessório, onde se rasteja na imundície com os olhos postos nas jóias do espírito. São estas o corolário da acção do Homem. São elas que legitimam a acção, porque são elas o fim, o destino do que se honra de ser homem completo.
Olhar os fins é fundamental. De importância similar, num momento posterior, é olhar os propósitos dos companheiros de viagem. Se não estiverem todos empenhados no mesmo rumo, no mesmo destino, é melhor que não encetem viagem em conjunto, de modo a prevenir que acabem todos num deserto à boleia!
Sem uma jornada existencial, onde todos se submetem a um mesmo destino, onde todos se submetam aos mesmos princípios, onde o rumo não seja decidido à medida das opiniões, não há empresa.
Resta hoje estudar, pois só do estudo poderá vir o rumo certo do futuro.

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