Fundamentalismo Moderno
Reino Unido quer limitar direito dos pais a baterem nas crianças
É um tema que está a dividir o Parlamento e a sociedade britânica. A Câmara dos Lordes está a estudar uma proposta de alteração à Lei das Crianças que visa limitar o direito dos pais a baterem nos seus filhos. Se for aprovada - a primeira votação estava marcada para ontem - , a medida será aplicada em Inglaterra e no País de Gales e vai inibir, pelo menos, os progenitores de aplicarem as formas de castigo físico mais violento nas suas crianças, noticiou ontem a BBC "online".
O ponto que mais separa tanto os políticos como a própria sociedade civil diz respeito à interdição total dos pais baterem aos filhos, defendida, por exemplo, pelo escritor Salman Rushdie. O Governo de Tony Blair deu aos deputados trabalhistas liberdade de voto, mas avisou que deveriam insurgir-se contra qualquer alteração à lei que venha a impedir totalmente os pais de baterem nos filhos.
O Governo quer garantir que as novas medidas representam um equilíbrio entre o direito dos pais a disciplinarem os filhos e os próprios direitos das crianças. O executivo teme que, no caso de ser aprovada, a total proibição de os progenitores recorrerem ao castigo físico leve a um incremento de pequenas acções judiciais.
O secretário de Estado da Saúde, John Reid, disse acreditar que a maioria das pessoas no Reino Unido tem uma posição semelhante à do Governo. Os que reclamam que os pais sejam totalmente proibidos de bater nas crianças lembram que o que está em causa "é uma questão de direitos humanos", resumiu à BBC Salman Rushdie.
In Publico
Agora quem é que é o fundamentalista? Essa ideia idiota de que é possível eliminar a violência da sociedade é o pior dos fundamentalismos! Inacreditável como não compreendem que as crianças podem não compreender o seu próprio bem (que está na origem da própria ideia de Educação)!
O erro está na incompreensão da violência como algo que pode ser canalizado para o bem! Para estes fundamentalistas a acção está isolada das consequêencias! São incapazes de compreender a necessidade de uma moralidade não absoluta! Estes Direitos Humanos destroem a humanidade e tornam-na incapaz de funcionar e prosseguir os seus bens… Não conseguem compreender o carácter indicativo do Decalogo, da DUDH, da Carta da ONU… Ao tomá-los como imperativos absolutos está a subverter o sentido limitado da próopria essência do ser humano!
É certo que o poder paternal não é um poder despótico e absoluto… Há sobretudo a necessidade de verificar quando é que a violência é no interesse das crianças ou deformação dos progenitores, hoje, mais que nunca sujeitos aos vícios do mundo (droga, homossexualidade, pedofilia…)! Essa é a verdadeira limitação moral do poder, o interesse dos verdadeiros destinatários!
Etiquetas: Modernidade
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