quarta-feira, abril 29, 2009

O Problema do Bigode Monárquico









Anda meia blogosfera preocupada preocupada com o problema do Bigode Monárquico. O problema não é despiciendo, dada a importância da estética em todas as coisas políticas.
Nada tenho contra o fomento do Bigode Monárquico. Conheço grandes monárquicos de bigode lustroso, outros de bigode aparado, outros de suissas, outros já sem qualquer protecção pilosa. Os primeiros fazem do reviver do tufo capilar uma questão de honra, encrustada nos armoriais dos avoengos e do espírito novecentista que gostariam de reviver. Os segundos e terceiros fazem-no para esconder algumas imperfeições faciais, insuficiências e inseguranças.
Há porém uma nova moda monárquica. O bigode na cabeça. É a estética do século XXI!
O bigode na cabeça caracteriza-se pela ideia de que se pode usar o bigode onde se quiser. Os defensores desta nova moda vivem obcecados com os bigodes nas caras dos outros, por acharem que o bigode deve existir onde o proprietário queira. O pé direito, a testa, o bícepe, são os grandes candidatos à localização do bigode, segundo os defensores desta perspectiva actualizadora. Bigode sim, mas só consoante a moda do Progresso e da Democracia.
Neste momento sou um defensor de todos os que ainda acreditam que o bigode deve estar entre a boca e o nariz, de todos os que acreditam que a Monarquia, como o bigode, tem um lugar que não nos compete escolher e que foi ditado pela Natureza, de todos os que não fazem plásticas para disfarçar o bigode no sovaco e o possuírem “sob a sua asa”.

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