quinta-feira, novembro 22, 2007

Exércitos Permanentes e a História de Sempre

















Um dos momentos-chave da Modernidade é a constituição dos exércitos permanentes como característica intrínseca do Estado. O exército permanente e a evolução das tecnologias militares impossibilitaram uma das premissas da boa ordenação da comunidade, que consistia em que a força do Rei não excedesse a soma das forças dos privados. Este é, sem dúvida, o momento fundador do Estado burocrático e auto-justificado, o sonho de Maquiavel e Bodin, assim como a estocada final na estrutura de liberdades constitucionais clássicas e do constitucionalismo antigo e é um dos grandes óbices à restauração de um sistema de liberdade ordenada.
A destruição do Poder da “máquina estatal” é cada vez mais um imperativo, mas cada vez mais impossível num sistema democrático de venda do público a privados (como é um Estado Social). Esta é uma consequência lógica da democracia que observamos em toda a Europa e em especial na Venezuela de hoje, onde se utilizam os pobres para mandar nos ricos, o que irá resultar, na pobreza generalizada, que beneficia os que querem comprar o que o país tem para vender.
Vêm estas linhas a propósito de um “post” da Gazeta sobre as condições da Restauração. Parece-me muito mais importante pensar na sociedade e modelo de Estado que queremos, do que na forma de conseguir algo que é, nestas condições, impossível.
É matéria em que continuo na minha. Qual é a alternativa à “guerra civil” e à “consulta popular”?

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