segunda-feira, novembro 12, 2007

O Doce Sabor da Democracia de Esquerda





















Quando escrevo por aqui que a Democracia inclui o totalitarismo, as pessoas descrêem com a mesma certeza que o fizeram as classes médias no tempo de Hitler ou as massas de Estaline.
Um regime que faz a apologia do homicídio onde é que se enquadra?
Deixo aqui, do blogue do Prof. Mendo Castro Henriques, as palavras de um dos inspiradores do regime sobre um homicídio... Daqueles que merecem a complacência e até o louvor dos nossos defensores dos Direitos Humanos!


"O partido republicano nem organizou nem aconselhou o atentado. O atentado
foi obra única de dois homens. E contudo, as balas de morte partiram da alma da
nação. Foi um atentado nacional. Um raio esplêndido e pavoroso, exterminador e
salvador. O raio condensou-se em duas almas, apenas, mas a electricidade que o
gerou saiu da alma de nós todos. Todos nós somos cúmplices"." Lamento de olhos
enxutos, a execução do monarca. Mas, se tivesse o dom de o ressuscitar, não o
levantaria do seu túmulo. Deploro, angustioso, a morte do príncipe. E diante do
cadáver dos homicidas, descubro-me, ajoelhando-me, com frémitos de terror,
lágrimas de piedade, e , porque não hei-de confessa-lo? de admiração e de
carinho. Mataram? é certo. Ferozes? sem duvida. Mas cruéis por amor, ferozes por
bondade. Os que matam por amor, sacrificando o próprio corpo, são duros, mas são
bons.Abjectos e miseráveis são os que por egoísmo e covardia, calando e cruzando
os braços, deixammorrer os inocentes. São heróis os dois regicidas portugueses.
Libertaram, morrendo, sacrificando-se. Idealidade, valor, desinteresse,
abnegação. Heróis. Mataram um grande criminoso e o seu filho inocente. É
horrível, mas para eles, na sua concepção da historia, materialista e fanática,
o filho do Rei era a vergôntea da arvore, e a arvore de má sombra, queriam
corta-la pelo tronco. Ideia barbara e cruel. Mas a violência desumana do acto
formidável, remiram-na os algozes heróicos, lavando com o próprio sangue, o
sangue inocente que verteram. mataram com atrocidade, e com atrocidade
forammortos. Expiaram a dívida, purificaram o acto. E o solo assim
purificadosurge-nos grande e luminoso, na essência intima. Deu-nos a paz que
fugira da Pátria. Deu-nos a alegria que se evolara das almas. Libertou-nos,
harmonizou e serenou. Hoje, nesta hora de liberdade e clemencia, pode dizer-se
que são eles os dois regentes do Reino."

Etiquetas: ,