quarta-feira, março 28, 2007

As Mulheres do Estado Novo

















Não é verdade que o Estado Novo tenha sido totalitário. Para isso teria de possuír uma pretensão de reinventar a Natureza Humana ou de a tornar perfeita, o que não era manifestamente o caso.
E no caso particular das mulheres essa atitude perante a sociedade é ainda mais evidente. O Estado Novo não inventa nenhuma posição para as mulheres portuguesas. Pelo contrário, funda-se apenas no que é a tradição de pensamento cristão, aplicada à realidade portuguesa. Não foi Salazar quem inventou a mulher como igual ao homem, mas com uma função social diferente. Eram uma realidade anterior ao Liberalismo e mantiveram-se nesse período, num Estado que só era confessional para manter o jugo no povo. Com o barulho republicano e as suas proclamações balofas veio o voto de Carolina Ângelo, que chegou ao voto por ser chefe de família e viúva. A seguir o Regime fez questão de especificar que só os chefes de família masculinos poderiam votar...
Tantas vezes se mostra a cinematografia do Estado Novo como exemplo do Portugal retrógrado e provinciano. Pena que não se mostre a forma como as heroínas, as mulheres desejáveis e desejadas, são sempre meninas bonitas e modernas, que trabalham fora de casa e ajudam a mãe nas tarefas domésticas. E o que dizer das mulheres que Salazar apreciava? Só alguém muito maldoso poderá dizer que correspondiam ao propalado lugar da mulher no Estado Novo...
Apesar disso continua-se por aí a dizer que o Estado Novo glorificava a mulher de avental. Os exemplos não servem para aprender, apenas para confirmar o que algumas pessoas querem dizer, segundo a ciência destes fazedores de história.
De relembrar que em 1931 o Estado Novo concedeu, pela primeira vez em Portugal, voto às mulheres e em 1935 foram eleitas as primeiras representantes do sexo feminino na Assembleia Nacional.
Que grandes fascistas...

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