O PPM/MUPE (mais um partido de esquerda)
O PPM está feito um grande partido... assim giro e modernaço, sempre em cima do acontecimento. Não chegava o “fado-singer-in-chief” se ter declarado esquerdista desde pequenino (como aqueles jogadores que chegam aos clubes grandes), ainda temos de gramar um projecto político repleto de banalidades de esquerda, temperadas pela conversinha das “empresas” como gerador de riqueza. Nem sequer chega a ter piada...
Os monárquicos, como eu, têm razões para sossegar. Com dois homens daquela craveira no Parlamento, sempre a discordar, sempre a reflectir, sempre a inovar, a causa monárquica está perfeitamente asssegurada.
Tempos houve em que os monárquicos, erradamente, se diziam a-políticos. Só lhes interessava o regime... Eram bons tempos! A alarvidade cretina que podemos encontrar no programa do PPM faz dessas eras um Idade de Ouro.
Um programa em que a “igualdade de oportunidades” e a “defesa da propriedade” se encontrar lado a lado é muito apelativa, mas como se pode construír uma igualdade de oportunidades sem ir à propriedade dos que mais têm?
Notável e profundo...
De quem é a culpa desta situação? De ninguém! Ao bom estilo pós-marxista a culpa não é de ninguém, que é o mesmo que dizer que é da sociedade. Sociedade que “exclui”...
Falta saber quem irá pagar a inclusão.
Depois temos a notável fundamentação de tudo isto. O PPM defende imensas coisas originais. “Amor à Nação, defesa da democracia, defesa da especificidade cultural do país, preocupação ambiental, defesa de uma sociedade impregnada de humanismo, solidária, culta e de valores civilizacionais fortes.”
Infelizmente ficamos sem saber o que predomina. A Democracia ou a Nação? Pode a Democracia abolir a Nação (na UE, p. ex.)? E que valores civilizacionais e especificidades culturais são essas? Uma língua (uma língua não é um valor, por certo), uns fadunchos, uma arte de matar animais?
É claro que essa profissão de fé não passa de um paródia. De um lado uma profissão de fé em Valores, mas sem indicar quais são. Por outro, no que respeita às “questões éticas”, o PPM não encontra na sua “cultura democrática” compatibilidade com “posições dogmáticas”. Fantástica reflexão, esta!
Não há dogmas em questões éticas, e os valores civilizacionais que o Partido defende não estão expressos. Logo uma personagem que defenda “o extermínio dos fadistas” poderá encontrar guarida no PPM, pois é garantido que “não há ditaduras de opinião no seu seio”. Infelizmente isso garante a inclusão de “não-monárquicos” no seu seio. Pior ainda, garante que esses Valores Civilizacionais sejam absolutamente vazios. Como poderá haver uma “crença política” onde não há uma exclusão de posições éticas erradas? Mais uma pérola de sabedoria destes pensadores profundos N.C. Pereira e Paulo Estêvão.
O PPM caminha para o futuro e depois de tantas vitórias, no Parlamento e não só, já dispõe de uma “agenda global”, altamente responsável e exequível. Retirar ao CdS da ONU os poderes de veto e acrescentar o Brasil. Gosto de ver que o PPM a pugnar por um mundo onde Angola, Qatar, Congo e Tanzânia têm poder decisivo no mundo. É uma atitude elevada e de grande sabedoria, que perspectiva uma paz mundial duradoura...
O PPM está no bom caminho e em mãos seguras...
Etiquetas: Modernidade, Monarquia
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