A Sina de Cyrano
Consciente das suas falhas e limitações prefere governar pela face de outros, através de vários Sócrates! Suprimindo as lacunas da sua personalidade e formação vai lançando na cena política as auas antíteses, pequenas marionetas que falam pela voz do “whip” partidário. Escondido nos arbustos vai segredando deixas e escolhendo novos pretendentes para Roxane que lhe aumentem o poder...
A indumentária parola, o silvar do verbo, a feição abrutalhada, impedem-no de se aproximar do objecto amado e dizer “ sou eu quem amas”!
Quando os comentadores jubilados falam em “erros de casting” é porque, voluntariamente ou não, caíram no engodo...
A máquina manda na gente sem alma! Sabemos quem manda na máquina...
Ontem nas inteligentes (porque madrugadoras) declarações de derrota, pudemos observá-lo mais magro, mais ponderado, com menos música no linguajar...
Nem parecia que tinha sido a sua grande derrota.
Nem pareceu que se distanciava dos candidatos por si escolhidos.
Não parecia já o mesmo homem que delimitou a estratégia e pelo qual todos os candidatos falavam...
Não parecia, mas era... Hábil!
Derrotadas as “criaturas” parece ter chegado o momento de Cyrano se “declarar”...
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