terça-feira, fevereiro 01, 2005

Não Paga Mais Nada


Sem custos adicionais, cá fica este esclarecimento.
Para aclarar ideias.

A Soberania Nacional que o Abade de Siéyès cunhou é um tipo de legitimidade que se funda na representação directa da totalidade da população, de forma igualitária (um homem, uma vontade, um voto), em que todas as forças orgânicas da comunidade política foram destruídas e reduzidas a um estatuto individualista. Só é legítimo o que encontra a sua vontade expressa numa Assembleia (continuando Rousseau).
Aquilo a que o nosso interlocutor se refere (“Quererá dizer que, antes disso, não existia a ideia de que uma etnia/nação tinha o direito a ser livre?...Pense bem no que vai dizer...”) é, não “soberania nacional”, mas “soberania”, pura e simples, a concepção (cunhada por Jean Bodin) de que o Estado é uma “entidade que não reconhece igual na ordem interna, nem superior na ordem externa” (na sua forma simplificada), e que é finalmente consagrada na ordem europeia que se estabelece na Paz de Uestefália.
Pense bem no que disse e, se possível, corte na arrogância…
Dir-se-ia que serve para disfarçar outras lacunas!

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