terça-feira, março 28, 2006

O Fim do Euromundo









Lembra o MCB a chacina da I Guerra Mundial.
Para além da estupidez dos políticos há a lembrar a estupidez dos intelectuais.
Os início do século foi fértil em ideologias tontas, um prolongamento do século XIX.
As Relações Internacionais foram nessa altura dominadas por ideias que se viriam a mostrar mais perigosas que qualquer político inflamado.
Uma das doutrinas mais perniciosas foi a doutrina da destruição criadora, do papel fundamental da guerra no desenvolvimento económico e tecnológico das nações. Isto somado à ideia comteana de que o desenvolvimento material nos levaria a uma nova humanidade, à ideia hegeliana de que o homem não passa de um joguete nas mãos do destino e que, portanto, em qualquer acção se aproxima da sua realização superior. A aceitação do económico como primordial na existência cumpriu-se como rendição a todas essas pseudo-filosofias de demissão da inteligência humana.
Sentia-se no início do século XX a necessidade de uma guerra redentora do Homem. A necessidade da guerra que iria estabelecer uma nova ordem, decisiva, que iria terminar com o "Concerto das Nações" era evidente. A corrida armamentista impedia, diziam, qualquer esperança de paz e equilíbrio.
Olhar a guerra como uma inevitabilidade, mero estádio histórico da catarse historicista, provou-se a pior das abordagens...

Ainda dizem que as ideias não interessam!

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