Liberdade de ensino
Em Paris, na Sorbonne, algumas centenas de estudantes esquerdistas «fils à papa», de profissionais da revolução contínua e de trotskistas para todo o serviço de desacato, escudados num álibi socio-laboral, estão a negar a milhares de colegas o direito às aulas e ao estudo, a bloquear-lhes a movimentação na escola, a destruir selvaticamente livros e material, a causar danos a estabelecimentos comerciais e a propriedade privada nas redondezas das instalações universitárias, e a tentar contaminar mais estabelecimentos de ensino superior com o vírus da contestação arruaceira e intimidadora. Sintomaticamente, aquilo que algumas televisões portuguesas salientaram hoje na reacção dos grupos de estudantes que na Sorbonne se levantaram contra os agitadores e os enfrentaram a pé firme, foi que se tratava de elementos «de direita e extrema-direita». Os outros, claro, estão «em luta».
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